Vai longe o tempo em que parcerias eram seladas em salas fechadas e estratégias eram como armas de guerra no mundo dos negócios. Hoje, mais do que nunca, com a informação a um clic e distâncias zeradas, contratos são ferramentas para mais contratos. São negócios para negócios.

Esta receita foi a medida para o 2º Encontro de Integração das Empresas de TIC em Inovação Tecnológica do RS, realizado na PUC/RS em junho, onde aproximadamente uma centena de empresas atualizaram seus conhecimentos na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), provocando a reflexão nos empresários a respeito do potencial de negócios e estimulando a formação de alianças e parcerias estratégicas.

Afinal, conforme Dagoberto Hajjar, especialista em treinamento e consultoria de gestão, marketing e vendas para empresas de TI, as perspectivas é de que nos próximos 5 anos haja uma evolução no mercado de TI ,maior do que todas as mudanças ocorridas nos últimos 20 anos, onde os clientes terão novas demandas, as revendas mudarão suas estruturas, e novas parcerias precisarão ser efetivadas para atender o mercado, ou seja, é imprescindível que além de negócios claros, estejamos todos prontos para um novo ciclo.

Pois, se de um lado percebemos que da padaria da esquina ao grande empreendimento, todos têm pcs e todas as parafernálias que a TI exige, também é verdade que o grande boom já foi, quando governo, bancos e grandes redes de lojas e supermercados automatizaram todas as suas agências e filiais, adquirindo imensa quantidade de hardwares e softwares. Igual àquele período, nunca mais, até porque, uma nova marcha se segue no mercado, o das fusões.

Não é segredo que a farmácia do bairro já tem o mesmo nome do bairro lá do outro lado da cidade. O "Super", já tem um nome estrangeiro ou então, o mesmo nome por toda a região. E estar pronto pra isso, para essas variações e todas as suas repercussões, como as que estimam que as fusões e aquisições em TI devam seguir o mesmo padrão dos demais mercados é um desafio.Ou seja, estarmos conscientes de que teremos uma redução de 90% do número de revendas de 2 a 3 anos - portanto teremos apenas 100 revendas com mais de 50 funcionários e que isso determinará também um novo tipo de concorrência, que será pautada por oportunidades de negócios, onde a meta será vender cada vez mais para os mesmos clientes.

Assim sendo, fico satisfeito pela expressiva participação dos associados no evento. Mais que isso, convicto que a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet - Regional RS (Assespro) está atuando com foco no crescimento da tecnologia no Rio Grande do Sul.

Jorge Branco é empresário e preseidente da Assespro-RS.