No caso do segmento de saúde, a utilização de tecnologias como o código de barras e o comércio eletrônico tem sido ferramenta imprescindível para as organizações e profissionais, com impacto adicional significativo na segurança de pacientes. Isto, porque iniciativas desse porte são capazes de proporcionar um aumento considerável na identificação e avaliação de erros e soluções em desvios na cadeia de suprimentos. A adoção de sistemas de rastreabilidade apoiados pelas ferramentas de automação resultam em estoques mais precisos, melhor fluxo de caixa e agilidade no processo logístico, incluindo desde compras, distribuição e movimentação interna até a dispensação.
Além disso, há, por meio dessas ferramentas, um grande potencial para combater falsificações, contrabando e roubos de produtos no segmento, a partir de sofisticados sistemas de registros e armazenagem de dados da movimentação dos distintos itens. A adoção de tecnologias que possibilitem uma atuação ágil e flexível das demandas do segmento, promovendo um sistema de distribuição eficiente, representa, no fim, uma administração mais adequada dos materiais que circulam na área de saúde.
Na proporção em que o pronto e ótimo atendimento ao consumidor é dependente da participação direta de muitas empresas da cadeia de saúde, fica fácil concluir que parceiros da mesma cadeia de suprimentos devem trabalhar de forma integrada e conjunta na busca constante da melhoria do desempenho e redução de custos e desperdícios. O Sistema EAN.UCC define padrões globais que possibilitam justamente que empresas possam intercambiar as informações de seus sistemas, através de mensagens padronizadas, a partir da identificação das organizações participantes, de unidades logísticas e até materiais unitários, além de profissionais da saúde, salas e leitos. Trata-se de item determinante para a perfeita integração da cadeia de suprimentos no setor.
Porém, faz-se necessário que o segmento de saúde continue investindo em iniciativas de desenvolvimento. A indústria farmacêutica, os distribuidores, hospitais e varejistas do segmento só têm a ganhar na implantação de códigos de barras globais padronizados e tirar o máximo de sua utilização, com a conseqüente melhoria de seus processos logísticos. Isto é importante também para estar preparado para novas tecnologias que vêm por aí, com o EPC, padrão para identificação por radiofreqüência (RFID). Para os pacientes, os benefícios propiciados pela automação também representam mais confiança.
* Roberto Matsubayashi é gerente de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.