Com todos os recursos tecnológicos que temos disponíveis a um clique do mouse o que precisamos mesmo é de mais “energia verde” por parte dos gestores da TI.
Grande parte do mercado de TI já conhece soluções como thin clients, printer monitor, virtualização, projetos de refrigeração, mas será que é só isso? Comprou, economizou? Essa visão pode ser estendida, pois a redução de energia elétrica na TI não está apenas relacionada ao retorno financeiro e podemos enxergá-la como um gatilho para várias outras economias e melhorias dentro de uma empresa independente de seu porte e cultura.
Como em nosso ecossistema em que o primeiro elo da cadeia alimentar é o reino vegetal, nós podemos classificar a eletricidade como primeiro elo da “cadeia empresarial” de necessidades básicas para um escritório funcionar, pois de algum modo ela que fornece “vida” a todas as nossas impressoras, computadores, servidores, centrais PABX e até mesmo nossa querida e inestimável cafeteira.
Não é à toa que o Gartner classificou a TI Verde a primeira entre as 10 principais tendências para 2008, isso ainda sem falar nas outras 9 que de alguma forma ajudam direta ou indiretamente o meio ambiente.
Desenvolver alternativas para economia de energia em uma empresa pode ser muito compensatório (em todos os sentidos) visto que como uma cadeia ela irá de forma positiva impactar gastos que fatalmente podem ou já poderiam ter sido reduzidos e até mesmo “cortados”. Desenvolver um projeto no qual crie metas inteligentes para a redução do uso da energia elétrica pode até mesmo servir de base para diminuir as impressões (veja meu artigo anterior) que conseqüentemente diminuirá o gasto com papel, cartucho, manutenção, operação, etc...
Outro exemplo é se calcularmos em 1 ano todos os gastos que um PC fornece comparado a um Thin Client desde energia, manutenção, funcionário parado, funcionário nervoso, etc. Veremos claramente que vai muito além de ser apenas uma questão financeira e sim até mesmo uma questão de bem estar (Isso sem contar com a redução de espaço ocupado, calor propagado, e até mesmo do barulho do cooler).
Por que não inovar agora?
Além de avaliarmos a viabilidade econômica, risco, entre outras análises quando estamos em fase de arquitetura de um projeto, porque não avaliarmos minimamente seu o impacto ambiental? Quanto menor o impacto ambiental mais inteligente e econômico será o projeto e claramente admirado e visto com bons olhos por sua empresa ou cliente.
Com todas as ferramentas e recursos tecnológicos que dispomos no mercado, em 2008 o Gestor de TI poderá enxergar a TI Verde como sua grande aliada ou como um grande inimigo comedor de tempo de projeto. Ao usar a TI Verde como sua aliada e de forma inteligente você e sua empresa terão a grande satisfação em saber que a tecnologia está sendo bem aplicada, seu uso está sendo maximizado e seu departamento está cumprindo com sua responsabilidade sócio-ambiental.
Se estiver imaginando a TI Verde como um grande problema, sugiro que entenda mais sobre, e comece a promover iniciativas verdes dentro de sua empresa, pois o futuro está inclinado para profissionais que se preocupam cada vez mais com as questões sócio-ambientais.
* Vinicius Lara Cezar é CEO da empresa Megalan e fundador do site www.TIverde.com.br.