Observando-se a evolução da informática, pode-se distinguir claramente as fases:
Década de 70 e 80 – os profissionais de informática eram “cientistas”, viviam em ambientes “assépticos” como em salas de cirurgia, juntamente com os mainframes; havia pouca interação com os clientes (usuários); o objetivo da informática era o racionalizar as operações corriqueiras através de rotinas off-line.
Meados da década de 80 e 90 – inicia a era do “um PC em cada mesa”, as ferramentas de produtividade de escritório proliferam, os usuários ganham maior autonomia e começam a se adaptar aos novos ambientes e aplicativos. Dá-se início a uma maior interação com os usuários e a necessidade de integração com os aplicativos por eles desenvolvidos.
Meados da década de 90 até hoje – era da conectividade, da WEB, do ERP, do aumento da velocidade de conexão e da virtualização. Era de “conhecer o negócio”, não apenas técnica, os “bits e bytes”, mas de adequar isto a realidade das organizações.
Certamente podemos acrescentar ou retirar mais “cores” ou “nuances”, mas o centro da questão é que vivemos um novo momento, a informática está mais acessível e compreensível, computadores, videogames e a tecnologia instalaram-se em nossos lares - a tecnologia já nos acompanha do berço. Todos temos maiores conhecimentos tecnológicos, a velha caixa preta está mais acessível e as exigências são de que os sistemas funcionem de forma simples, como um telefone, ou até mesmo a TV a cabo...muita tecnologia por trás e muita simplicidade à frente.
Desta vez, o desafio, não é mais transformar o profissional de TI em um conhecedor de negócios e, olhando ao nosso redor, já verificamos que muitos “antes usuários” são profissionais alçados à TI (vejam quantos consultores de ERP hoje são oriundos das áreas de negócio). Estamos diante de uma nova evolução – o “usersourcing” – cada vez mais passam-se mais tarefas a quem executa os processos de negócio, pois o conhecimento do negócio está lá.
Aliado a isto, como facilitador, existe o aumento da conscientização das empresas em implementar ERP´s no formato standard e pelas lições aprendidas nas primeiras implementações, deve-se parametrizar mais e customizar menos, aumentando com isto o “usersourcing”. Se um erro ocorrer os ERP´s podem não só assinalar como possuem instrumentos de auditoria mais apurados, de forma a detectar não apenas o quê, mas quem efetuou a alteração.
Bem mas o que acontecerá a TI?
Fique claro que isto não é o “apocalipse de TI”, pois a gestão, a estratégia junto ao negócio, o fator otimizador, o real cumprimento dos SLAs, a execução das “poucas customizações” e principalmente a inovação serão a “nova” TI. Isto é sim o início de uma tecnologia de informação estratégica que há muito é requisitada por todos os CIO´s e até exigido pelas empresas, onde hoje não raro vemos seus departamentos abarrotados em 80% de manutenção e 20% de inovação (num cenário otimista). Por que não dizer que teríamos administradores de TI voltados ao negócio e não executores de TI voltados á TI? Certamente uma grande evolução.
Enfim o “usersourcing”, seria o aproveitamento das pessoas (usuários) com todo conhecimento de negócios aliado a facilidade da absorção da tecnologia que os últimos avanços nos proporcionaram. Isto sem contar com as melhorias que estão por vir – mobilidade, interfaces de voz, Software as a Service...que simplificarão ainda mais a “frente” de nossos negócios.
Para as empresas, isto é já conhecido, pois cada vez mais as funções de back-office tendem a se racionalizar, automatizar e simplificar. A história não deverá muito diferente para as demais áreas administrativas, mas isto é um assunto para outro artigo.
* Biagio Caetano Filomena é IT Business Administrator.
Década de 70 e 80 – os profissionais de informática eram “cientistas”, viviam em ambientes “assépticos” como em salas de cirurgia, juntamente com os mainframes; havia pouca interação com os clientes (usuários); o objetivo da informática era o racionalizar as operações corriqueiras através de rotinas off-line.
Meados da década de 80 e 90 – inicia a era do “um PC em cada mesa”, as ferramentas de produtividade de escritório proliferam, os usuários ganham maior autonomia e começam a se adaptar aos novos ambientes e aplicativos. Dá-se início a uma maior interação com os usuários e a necessidade de integração com os aplicativos por eles desenvolvidos.
Meados da década de 90 até hoje – era da conectividade, da WEB, do ERP, do aumento da velocidade de conexão e da virtualização. Era de “conhecer o negócio”, não apenas técnica, os “bits e bytes”, mas de adequar isto a realidade das organizações.
Certamente podemos acrescentar ou retirar mais “cores” ou “nuances”, mas o centro da questão é que vivemos um novo momento, a informática está mais acessível e compreensível, computadores, videogames e a tecnologia instalaram-se em nossos lares - a tecnologia já nos acompanha do berço. Todos temos maiores conhecimentos tecnológicos, a velha caixa preta está mais acessível e as exigências são de que os sistemas funcionem de forma simples, como um telefone, ou até mesmo a TV a cabo...muita tecnologia por trás e muita simplicidade à frente.
Desta vez, o desafio, não é mais transformar o profissional de TI em um conhecedor de negócios e, olhando ao nosso redor, já verificamos que muitos “antes usuários” são profissionais alçados à TI (vejam quantos consultores de ERP hoje são oriundos das áreas de negócio). Estamos diante de uma nova evolução – o “usersourcing” – cada vez mais passam-se mais tarefas a quem executa os processos de negócio, pois o conhecimento do negócio está lá.
Aliado a isto, como facilitador, existe o aumento da conscientização das empresas em implementar ERP´s no formato standard e pelas lições aprendidas nas primeiras implementações, deve-se parametrizar mais e customizar menos, aumentando com isto o “usersourcing”. Se um erro ocorrer os ERP´s podem não só assinalar como possuem instrumentos de auditoria mais apurados, de forma a detectar não apenas o quê, mas quem efetuou a alteração.
Bem mas o que acontecerá a TI?
Fique claro que isto não é o “apocalipse de TI”, pois a gestão, a estratégia junto ao negócio, o fator otimizador, o real cumprimento dos SLAs, a execução das “poucas customizações” e principalmente a inovação serão a “nova” TI. Isto é sim o início de uma tecnologia de informação estratégica que há muito é requisitada por todos os CIO´s e até exigido pelas empresas, onde hoje não raro vemos seus departamentos abarrotados em 80% de manutenção e 20% de inovação (num cenário otimista). Por que não dizer que teríamos administradores de TI voltados ao negócio e não executores de TI voltados á TI? Certamente uma grande evolução.
Enfim o “usersourcing”, seria o aproveitamento das pessoas (usuários) com todo conhecimento de negócios aliado a facilidade da absorção da tecnologia que os últimos avanços nos proporcionaram. Isto sem contar com as melhorias que estão por vir – mobilidade, interfaces de voz, Software as a Service...que simplificarão ainda mais a “frente” de nossos negócios.
Para as empresas, isto é já conhecido, pois cada vez mais as funções de back-office tendem a se racionalizar, automatizar e simplificar. A história não deverá muito diferente para as demais áreas administrativas, mas isto é um assunto para outro artigo.
* Biagio Caetano Filomena é IT Business Administrator.