Esta é a pergunta que, inconscientemente nos fazemos todo dia. Parece que tudo está tendendo a ficar mais complicado, apesar de todos os avanços tecnológicos e conhecimentos que adquirimos ao longo de milênios.

A conspiração da complexidade está solta, desde as “supostas facilidades” dos nossos eletrodomésticos – DVDs cheio de menus e manuais; TVs de alta definição que ainda não funcionam a contento, mas já estão disponíveis e compradas; Celulares 3G, com câmera, e-mail, internet e que funcionam como vídeo-fone, porém usamos apenas o tráfego de voz...

Nas empresas temos a disposição uma gama de tecnologias: abertas ou fechadas; computadores e softwares das mais diversas marcas, modelos, configurações, tipos e funções; adicione-se a isto a suposta característica única de cada negócio e a especificidade singular de cada empresa, que levam a customizações massivas dos sistemas de informação.

Tudo isto, nos leva a um número maior de controles, complexidades muitas vezes desnecessárias, que foram ficando aqui ou ali e que de alguma forma, nos esquecemos ou as agregamos pesadamente ao nosso dia-a-dia e que em relação aos negócios se transformam em custos.

Será que esquecemos de utilizar o bom senso, o básico, a padronização e a simplificação?

Em tecnologia, vivemos um momento único, desejamos algo que seja simples e fácil de usar, mas que, também faça todas as coisas complexas que gostaríamos que fizesse, este é o paradoxo da simplicidade.

Em nossas atividades diárias, como gestores ou técnicos, devemos sempre ter em mente as atividades do PDCA e exercitar a simplificação através de pequenos passos:

Reduza/Elimine as funcionalidades “desejáveis” – ou seja, especifique apenas funcionalidades realmente necessárias, questione-se se realmente vai usar o que está solicitando – seja um PC novo, um novo sistema ou uma nova funcionalidade deste. Normalmente desejamos muitas coisas e precisamos de muito poucas;

Aprenda e domine o assunto –
o conhecimento torna tudo mais simples. Pode alguém definir ou solicitar algo, “achando”  que o processo é de determinada forma? Defina, escreva, manualize, conheça e tenha certeza do que pretende com antecedência.

Organize-se –
organização faz com que um sistema de muitos, pareça de poucos, envolva as pessoas e dedique-se a elas.

Tempo - Economia de tempo transmite simplicidade, ou seja, os novos processos ou tecnologias a serem implementados devem economizar tempo de “alguém” ou de algum equipamento claramente identificado na empresa, pois isto é um indicador claro de simplificação.

Pessoalmente, tenho a certeza de que a grande maioria das pessoas é desfavorável a complexidade, porém posso dizer que simplificar é um hábito que devemos aprender, pois ainda não adotamos o
“pensar simples” e planejado, seja por perfil próprio ou por pressões externas de qualquer natureza.

Devemos ter em mente que as simplificações de hoje, podem significar a competitividade de nossas empresas no futuro próximo.

Biagio Caetano Filomena é administrador e professor