O homem ao longo de sua existência, tem vivido diversas eras de evolução:

- Solitário – em busca da sobrevivência, exposto as intempéries e sem garantia de perpetuação da espécie;

- Cavernas – pequenos grupos que lhe facilitava a sobrevivência e perpetuava a espécie;

- Tribos – dominavam alguma tecnologia de caça, pesca e defesa (logicamente perpetuando a espécie);

- Cidades – desenvolveram serviços básicos para convivência em grandes grupos (educação, transporte, saúde, segurança, trabalho)

- Países – cidades que possuíam alguma identidade, podiam ganhar algum tipo de vantagem produtiva, comercial e de defesa se aglutinadas sob um mesmo “guarda-chuva”.

E hoje, em que era vivemos?

Alguns dizem que a era dos blocos econômicos – União Européia, Mercosul, Nafta... – o que de certa forma é verdadeiro, porém ligado a muitos fatores políticos, econômicos e culturais complexos.

Gostaria de convidar e desafiar o leitor a refletir que estamos começando a viver a chamada “Era das Corporações – veja quantas notícias e informações são geradas atualmente sobre negócios, empresas e correlatos comparados a sua comunidade, países ou a sua cidade. O que você lê mais hoje, sobre a sua cidade ou sobre Informática ou negócios, por exemplo?

E mais ainda, pode-se dizer que viveremos a época das “Mega-corporações”, lembro-me quando, em 1992, o respeitável Sr. Benz, gerente de TI da base VARIG - POA, nos alertava de que no futuro teríamos conglomerados de empresas de transporte aéreo – veja hoje a Star Alliance, Sky Team..., isto sem falar na indústria automobilística a Ford, por exemplo, é dona/administradora das marcas: Jaguar, Volvo, Mazda, Land Rover dentre outras.

Se observarmos é apenas mera questão de evolução, a necessidade de:

1 - Adquirir escala;

2 – Atingir novos mercados;

3 – Adquirir novos skills e conhecimentos;

4 – Produzir novos bens e serviços que levariam muito tempo para serem desenvolvidos internamente;

5 – Proteger-se da concorrência;

6 – Perpetuar a saúde da “espécie”.

Sim, perpetuar a espécie, assim como os seres humanos corporações buscam, além do lucro, a perpetuação sadia da sua espécie e deve para isto se adaptar aos novos tempos.

E a indústria de TI, vai continuar na onda de fusões e aquisições? Esta pergunta me foi feita, por um repórter de uma grande empresa do centro do país.

A resposta foi sim.

Estamos acabando de ver a EDS sendo adquirida pela HP, a tentativa (fracassada até agora) da Microsoft em adquirir o Yahoo, a SAP comprou a Business Objects, a Oracle comprou BEA, Google comprou Youtube... Quem será o próximo? Só podemos dizer que a tendência é de continuidade, não por um modismo, mas pelos mesmos motivos de qualquer indústria convencional, a indústria de TI, apesar de jovem, também segue normas e preceitos das demais.

Para os clientes - empresas usuárias de tecnologia, de um ponto de vista negativo, poderão significar menores opções, preços maiores e talvez monopolização. De um ponto de vista positivo, poderão significar melhores serviços, soluções “turnkey” mais completas e maior aderência as necessidades de negócios, devido a um maior portfólio oferecido.

Lembremos que, para as empresas clientes da indústria de TI a regra de negócio de perpetuar a saúde da “espécie” também é válida e elas, também acharão uma forma de adaptar-se.

Bem vindo a era das fusões e mega-corporações.

* Biagio Caetano Filomena é Administrador e Professor