Como de costume, fico aguardando ansiosamente a chegada das revistas que assino e desta vez não me contive, dei uma espiada na HSM Management de Julho/Agosto na internet e me deparei com a reportagem “O Consultor do Brasil” referindo-se a uma atrativa entrevista do Sr. Vicente Falconi, onde um trecho me chamou especial atenção:
“Hoje, por exemplo, praticamente todas as empresas têm sistema ERP... As informações já estão todas lá! O problema é que as empresas não se prepararam para interpretar e analisar essas informações, por isso não adianta muita coisa. Aliás, as pessoas nem acessam os terminais. É como se tivessem uma mina de ouro e não soubessem extraí-lo.”
Nunca na história humana tivemos tantos métodos e ferramentas para entender melhor o mundo, a vida e particularmente os negócios. Paralelamente nunca tivemos tão pouca capacidade de análise dos dados e fatos que cuidadosamente guardamos em nossos bancos de dados.
Tendemos a saltar o método (planejamento) e ir direto para a ferramenta (execução), é neste momento que ocorrem as grandes distorções e confusões. Não raro, nos casos de aquisição de ferramentas de TI, a análise é subjetiva, de baixo embasamento em fatos e dados.
Uma vez tomada a decisão de compra, tudo muda e até o minuto anterior tudo estava normal, depois nos vemos tendo tempo apenas para atitudes quase “instintivas” de execução.
A execução obedece o planejamento possível, porém sempre correndo contra o tempo, deixando uma fase “menos importante” aqui e outra ali que “no futuro se conserta” e se acumulam nos conhecidos “backlogs”. Não raro o treinamento, a documentação e o “Change management” são considerados atividades menos importantes.
O relato acima não é uma generalização e nem um tentativa de dizer que as deficiências residem na decisão, passa na realidade muito longe disto. Todas as etapas são passíveis de deficiências e falta de preparo, como na realidade ocorrem.
Bem, se o leitor nunca presenciou uma situação destas, meus parabéns, exceções ocorrem, considere-se feliz. Mas o mundo real é o mundo real e não adianta fugir, um dia acabamos nos encontrando com ele.
A boa notícia é que com o passar do tempo e com a experiência, vemos que gradualmente estamos aprendendo, é melhor planejar, usar um método, analisar do que ir direto para execução, as estatísticas mostram isto. Mas o aprendizado é lento e dispendioso.
Como confirma o texto do Sr. Falconi, não nos preparamos para interpretar as informações, mas a falta de preparação inicia-se bem antes de “as pessoas tentarem acessar seus terminais”. É algo humano, que todos nós teremos de aprender a refrear, a vontade de executar antes de planejar, usar o método antes de comprar/utilizar a ferramenta.
* Biagio Caetano Filomena é Administrador e Professor
“Hoje, por exemplo, praticamente todas as empresas têm sistema ERP... As informações já estão todas lá! O problema é que as empresas não se prepararam para interpretar e analisar essas informações, por isso não adianta muita coisa. Aliás, as pessoas nem acessam os terminais. É como se tivessem uma mina de ouro e não soubessem extraí-lo.”
Nunca na história humana tivemos tantos métodos e ferramentas para entender melhor o mundo, a vida e particularmente os negócios. Paralelamente nunca tivemos tão pouca capacidade de análise dos dados e fatos que cuidadosamente guardamos em nossos bancos de dados.
Tendemos a saltar o método (planejamento) e ir direto para a ferramenta (execução), é neste momento que ocorrem as grandes distorções e confusões. Não raro, nos casos de aquisição de ferramentas de TI, a análise é subjetiva, de baixo embasamento em fatos e dados.
Uma vez tomada a decisão de compra, tudo muda e até o minuto anterior tudo estava normal, depois nos vemos tendo tempo apenas para atitudes quase “instintivas” de execução.
A execução obedece o planejamento possível, porém sempre correndo contra o tempo, deixando uma fase “menos importante” aqui e outra ali que “no futuro se conserta” e se acumulam nos conhecidos “backlogs”. Não raro o treinamento, a documentação e o “Change management” são considerados atividades menos importantes.
O relato acima não é uma generalização e nem um tentativa de dizer que as deficiências residem na decisão, passa na realidade muito longe disto. Todas as etapas são passíveis de deficiências e falta de preparo, como na realidade ocorrem.
Bem, se o leitor nunca presenciou uma situação destas, meus parabéns, exceções ocorrem, considere-se feliz. Mas o mundo real é o mundo real e não adianta fugir, um dia acabamos nos encontrando com ele.
A boa notícia é que com o passar do tempo e com a experiência, vemos que gradualmente estamos aprendendo, é melhor planejar, usar um método, analisar do que ir direto para execução, as estatísticas mostram isto. Mas o aprendizado é lento e dispendioso.
Como confirma o texto do Sr. Falconi, não nos preparamos para interpretar as informações, mas a falta de preparação inicia-se bem antes de “as pessoas tentarem acessar seus terminais”. É algo humano, que todos nós teremos de aprender a refrear, a vontade de executar antes de planejar, usar o método antes de comprar/utilizar a ferramenta.
* Biagio Caetano Filomena é Administrador e Professor