Num momento em que o país enfrenta os efeitos da crise financeira mundial, a incerteza se manifesta nas empresas, gerando adiamento de projetos ou cancelando contratos e admissões, e tornando o cenário econômico mais pálido. O alerta vermelho piscou e deixou o mercado, senão assustado, mais cauteloso. Esfriou os ânimos de quem previa um final de ano mais tranqüilo e mais investimentos em 2009.

Em meio à turbulência, porém, é preciso encontrar formas de continuar tocando o negócio com alguns parâmetros. Da mesma maneira que as famílias continuam tendo gastos em casa e que o dono da loja não pode disparar o preço dos produtos, as empresas – especialmente as de pequeno e médio porte – se vêem na necessidade de encontrar soluções para seu caso. Se a crise chegou, é hora também de otimizar o que se tem, sejam os bens, as tecnologias, o tempo ou o conhecimento. O que significa fazer mais com menos. 
O fornecedor de Outsourcing e Gestão de TI pode (e deve) ter um papel importante nesse processo. Quando comprometido de fato com o negócio do cliente, vai além de suas funções básicas e consegue ver as oportunidades possíveis. Usa a criatividade para rever os planos estratégicos de TI e encontrar alternativas, reavaliando e readaptando todo o processo de negócio. Tudo de forma planejada, sem deixar de levantar indicadores e métricas, pois nenhum processo pode ser avaliado se não houver uma visão clara dos resultados obtidos nas suas etapas. 
Ao alinhar Governança Corporativa com a Governança de TI, é possível enfrentar a crise de forma planejada, utilizando-se de metodologias para avaliação e mensuração de necessidades, como PDCA (Plan, Do, Check, Act), Braimstorming, Diagrama de causa e efeito, 5W2H e SWOT (Pontos fortes, fracos, oportunidades, ameaças) no intuito de intermediar as melhores soluções de TI entre a Estratégia de Negócio e o Operacional. 
Independentemente da crise, é interessante que nós, fornecedores, adotemos no dia-a-dia esse formato sistemático de trabalho. Ocorre, porém, que nem todos os especialistas em TI se vêem num nível de experiência ou conhecimento que os façam trabalhar com uma visão ampla e focada no negócio do cliente, buscando idéias para oferecer uma solução que parta da revisão realista e criativa de todo o processo.
Mas a ordem é otimizar (fazer mais com menos). E, como nos exemplos das famílias ou do dono da loja, que fazem e refazem seus planos para enfrentar um novo momento, usar as ferramentas e metodologias disponíveis pode ajudar a enfrentar os fantasmas. E enxergar possibilidades surpreendentes.           
Edmilson Rosa, consultor e diretor da P2HE