O mercado brasileiro de seguros entrou em 2008 com uma nova fase, que vai gerar novos investimentos e, por consequência, exigir muito mais das estruturas de TI utilizadas hoje pelas seguradoras. Isso tudo em razão das mudanças implantadas no processo brasileiro de resseguros em abril deste ano, que decretaram o fim do monopólio do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) neste setor e abriram a possibilidade de as seguradoras negociarem livremente suas carteiras de seguros.
Com a abertura do mercado, acabou a obrigatoriedade de resseguro total com o IRB. Na prática, é algo semelhante ao que ocorreu com o mercado de informática com o fim da reserva de mercado. A atividade de resseguro, a exemplo da informática, configura uma operação global, o que significa que o vínculo obrigatório ao IRB prejudicava o setor – que, sem competição, perdia eficiência – e o consumidor, que obviamente ficava privado do acesso aos melhores produtos.
Mesmo sendo o seguro uma atividade local, o fato de o mercado contar com a possibilidade global de resseguro garante ganhos de escala ao mercado. Como na área de informática, ocorrem no mundo diversas pesquisas e estudos sobre mudanças climáticas, modelos matemáticos e novos métodos de cobertura. Não aproveitar todo este conhecimento em escala global seria um desperdício.
É isso que a abertura do mercado de seguros representa: a possibilidade de que as seguradoras brasileiras passem a contar com parceiros – e recursos – globais para a ampliação e o aperfeiçoamento de seus serviços. E não há dúvidas de que o crescimento do ecossistema de negócios destas empresas vai exigir a ampliação de suas estruturas de TI, o que inclui a integração de seus sistemas de gestão e controle com os novos parceiros e, em muitos casos, a substituição de soluções desenvolvidas internamente.
Não há dúvidas que se trata de um mercado importantíssimo para os grandes fornecedores, alguns com mais de dez anos de desenvolvimento de soluções específicas para o mercado de seguros, com atuação em regiões como Ásia, Europa e América do Norte. As mudanças vividas hoje pelo mercado brasileiro representam grandes oportunidades para que estas soluções, aliadas ao conjunto de processos e experiências acumuladas neste período, cheguem com força, ao Brasil.
Uma boa idéia do tamanho deste mercado é dada por um levantamento realizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do Ministério da Fazenda. O estudo mostra que, há três anos, o mercado brasileiro de seguros – sem considerar o ramo Saúde – movimentou cerca de R$ 42 bilhões, 70,1% deste total somente na região Sudeste, com os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro representando 62,3% do faturamento das seguradoras.
Se levarmos em conta apenas os planos tradicionais de previdência complementar, falamos de 6,2 milhões de participantes no País. Já os Planos Geradores de Benefício Livre (PGBL) contam com mais de 2,5 milhões de participantes e outros 2,1 milhões participam do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Não por acaso, o Gartner prevê que o setor deve chegar ao ano de 2010 movimentando quase US$ 140 bilhões em componentes de TI (hardware, software etc.) e outros US$ 46 bilhões em serviços. A América Latina deverá responder por US$ 8,5 bilhões deste volume. Os números justificam a expectativa do mercado, que é proporcional aos investimentos esperados.
Ciro Coca é responsável pela área de seguros dentro da vertical de Finanças da SAP Brasil
Com a abertura do mercado, acabou a obrigatoriedade de resseguro total com o IRB. Na prática, é algo semelhante ao que ocorreu com o mercado de informática com o fim da reserva de mercado. A atividade de resseguro, a exemplo da informática, configura uma operação global, o que significa que o vínculo obrigatório ao IRB prejudicava o setor – que, sem competição, perdia eficiência – e o consumidor, que obviamente ficava privado do acesso aos melhores produtos.
Mesmo sendo o seguro uma atividade local, o fato de o mercado contar com a possibilidade global de resseguro garante ganhos de escala ao mercado. Como na área de informática, ocorrem no mundo diversas pesquisas e estudos sobre mudanças climáticas, modelos matemáticos e novos métodos de cobertura. Não aproveitar todo este conhecimento em escala global seria um desperdício.
É isso que a abertura do mercado de seguros representa: a possibilidade de que as seguradoras brasileiras passem a contar com parceiros – e recursos – globais para a ampliação e o aperfeiçoamento de seus serviços. E não há dúvidas de que o crescimento do ecossistema de negócios destas empresas vai exigir a ampliação de suas estruturas de TI, o que inclui a integração de seus sistemas de gestão e controle com os novos parceiros e, em muitos casos, a substituição de soluções desenvolvidas internamente.
Não há dúvidas que se trata de um mercado importantíssimo para os grandes fornecedores, alguns com mais de dez anos de desenvolvimento de soluções específicas para o mercado de seguros, com atuação em regiões como Ásia, Europa e América do Norte. As mudanças vividas hoje pelo mercado brasileiro representam grandes oportunidades para que estas soluções, aliadas ao conjunto de processos e experiências acumuladas neste período, cheguem com força, ao Brasil.
Uma boa idéia do tamanho deste mercado é dada por um levantamento realizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do Ministério da Fazenda. O estudo mostra que, há três anos, o mercado brasileiro de seguros – sem considerar o ramo Saúde – movimentou cerca de R$ 42 bilhões, 70,1% deste total somente na região Sudeste, com os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro representando 62,3% do faturamento das seguradoras.
Se levarmos em conta apenas os planos tradicionais de previdência complementar, falamos de 6,2 milhões de participantes no País. Já os Planos Geradores de Benefício Livre (PGBL) contam com mais de 2,5 milhões de participantes e outros 2,1 milhões participam do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Não por acaso, o Gartner prevê que o setor deve chegar ao ano de 2010 movimentando quase US$ 140 bilhões em componentes de TI (hardware, software etc.) e outros US$ 46 bilhões em serviços. A América Latina deverá responder por US$ 8,5 bilhões deste volume. Os números justificam a expectativa do mercado, que é proporcional aos investimentos esperados.
Ciro Coca é responsável pela área de seguros dentro da vertical de Finanças da SAP Brasil