Dias atrás li que o Google estava liberando o código fonte do Google Chrome OS e confesso que isso me arrancou um sorriso, mas também me fez pensar sobre algo de quando se ouviu falar que o Google pensava em fazer parte do mundo dos Sistemas Operacionais, até então, comandado tranquilamente pela Microsoft.
Qual a intenção do (já não mais emergente, e sim estabelecido) todo poderoso do mundo virtual? Espero que no final desse artigo, eu consiga chegar pelo menos a alguma resposta.
Ligando os pontos, chegaremos a algumas conclusões. Primeiro li alguns artigos financeiros, nos quais executivos do mercado tentavam alertar os acionistas da Microsoft, para a possível venda de suas ações, deixando subentendido que o “Chrome OS” desbancará a gigante dos softwares em poucos meses.
Depois li um artigo de Jim Zemlin (Diretor executivo da Linux) dizendo: "Caso o hardware e o software sejam gratuitos, a única maneira de ganhar dinheiro seria com os serviços, e é isso que oferece o Google". Zemlim deixou minhas dúvidas ainda mais enigmáticas. Estariam eles unidos para que isso aconteça e finalmente desbancarem a Microsoft?
Ler sobre o novo Sistema Operacional não me acrescentou nada além do que já foi escutado dos chefões do Google sobre qualquer produto lançado. Promessa de velocidade, simplicidade, gratuito e claro, open source. Embora tudo isso não seja novidade, não posso negar que sempre atendem minhas expectativas. Apenas não tenho gostado da forma com que eles têm lançado seus novos e inacabados softwares.
Há alguns dias li a MS no próprio site, citando o novo OS e mencionando o Oráculo do novo mundo como “O gigante dos Softwares”. Pareceu cômico, mas naquele momento entendi isso como uma tentativa de mostrar uma “não preocupação” de mais uma arma do Google para dominar o mundo virtual. Será?
Chegou a hora de parar de ler e começar a ligar alguns pontos. Estou sentindo que tudo que li até agora me leva a algo mais óbvio do que imaginava e que a partir de agora devo pensar sempre nessa possibilidade antes de começar “googlar” por algumas horas.
Mas antes de chegar a qualquer conclusão e correr o risco de ressuscitar as dúvidas que me fizeram perder essas horas, resolvi conhecer mais de perto o tal Chrome OS. Não... Não precisei instalá-lo para tal façanha e garanto a vocês que hoje pensarei mais algumas vezes, se realmente devo ou não abraçar mais uma idéia “Googlistica”.
Após alguns vídeos, foram apenas duas frases que deixaram um punhado de pulgas atrás da orelha e me deram as últimas diretrizes para a resolução de mais um enigma:
“O Google Chrome OS rodará aplicativos na internet. Isto significa que atividades como edição de documentos, pdfs, visualização de imagens etc. serão feitas online, de forma que os usuários não tenham que descarregar nada ou que se preocupar com atualizações para trabalhar ou jogar na web.” (Por Fernando Souza Filho – PC Magazine)
Bingo! Estão pensando junto comigo?
Teriam vocês coragem de usar um Sistema Operacional aonde tudo o que você utiliza, faz e armazena fica guardado na internet, mais precisamente em algum lugar no chamado Vale do Silício?
Vi o discurso do Sundar Pichai (vice-presidente de produtos do Google) de que seria “much easier” se conseguíssemos ter tudo na “rede” onde passamos o maior tempo quando estamos na frente do computador. Eles estão cada vez melhores no Marketing.
Não quero desmotivar ninguém a continuar seguindo cegamente a “Googlemania”, mas me senti na obrigação de expressar meus pensamentos, já que um dia escrevi sobre “Internet, o consumo e a invasão de privacidade”.
Não tenho como não pensar que sim, será mais uma forma e talvez a maior delas, do besbilhoteiro virtual armazenar nossas informações. Você será obrigado a estar conectado para utilizar os aplicativos do Chrome OS (além de só funcionar em HDs *SSD -Solid State Drive - driv baseado na tecnologia MLC e que é até 2,4 vezes mais rápido que o convencional) e obvialmente tudo será visualizado e armazenado em uma das singelas “Cidades de dados” criadas pelo Google.
Será que fiz bem e desativar meu Orkut? Não quero pensar tão longe.
Depois de mais uma resolução fico feliz por ainda ter muito trabalho e caminho a percorrer a maior de todas as dúvidas: O que eles farão com tantas informações? #medo
* Ricardo Nery Braz é analista da DQ&A.
Qual a intenção do (já não mais emergente, e sim estabelecido) todo poderoso do mundo virtual? Espero que no final desse artigo, eu consiga chegar pelo menos a alguma resposta.
Ligando os pontos, chegaremos a algumas conclusões. Primeiro li alguns artigos financeiros, nos quais executivos do mercado tentavam alertar os acionistas da Microsoft, para a possível venda de suas ações, deixando subentendido que o “Chrome OS” desbancará a gigante dos softwares em poucos meses.
Depois li um artigo de Jim Zemlin (Diretor executivo da Linux) dizendo: "Caso o hardware e o software sejam gratuitos, a única maneira de ganhar dinheiro seria com os serviços, e é isso que oferece o Google". Zemlim deixou minhas dúvidas ainda mais enigmáticas. Estariam eles unidos para que isso aconteça e finalmente desbancarem a Microsoft?
Ler sobre o novo Sistema Operacional não me acrescentou nada além do que já foi escutado dos chefões do Google sobre qualquer produto lançado. Promessa de velocidade, simplicidade, gratuito e claro, open source. Embora tudo isso não seja novidade, não posso negar que sempre atendem minhas expectativas. Apenas não tenho gostado da forma com que eles têm lançado seus novos e inacabados softwares.
Há alguns dias li a MS no próprio site, citando o novo OS e mencionando o Oráculo do novo mundo como “O gigante dos Softwares”. Pareceu cômico, mas naquele momento entendi isso como uma tentativa de mostrar uma “não preocupação” de mais uma arma do Google para dominar o mundo virtual. Será?
Chegou a hora de parar de ler e começar a ligar alguns pontos. Estou sentindo que tudo que li até agora me leva a algo mais óbvio do que imaginava e que a partir de agora devo pensar sempre nessa possibilidade antes de começar “googlar” por algumas horas.
Mas antes de chegar a qualquer conclusão e correr o risco de ressuscitar as dúvidas que me fizeram perder essas horas, resolvi conhecer mais de perto o tal Chrome OS. Não... Não precisei instalá-lo para tal façanha e garanto a vocês que hoje pensarei mais algumas vezes, se realmente devo ou não abraçar mais uma idéia “Googlistica”.
Após alguns vídeos, foram apenas duas frases que deixaram um punhado de pulgas atrás da orelha e me deram as últimas diretrizes para a resolução de mais um enigma:
“O Google Chrome OS rodará aplicativos na internet. Isto significa que atividades como edição de documentos, pdfs, visualização de imagens etc. serão feitas online, de forma que os usuários não tenham que descarregar nada ou que se preocupar com atualizações para trabalhar ou jogar na web.” (Por Fernando Souza Filho – PC Magazine)
Bingo! Estão pensando junto comigo?
Teriam vocês coragem de usar um Sistema Operacional aonde tudo o que você utiliza, faz e armazena fica guardado na internet, mais precisamente em algum lugar no chamado Vale do Silício?
Vi o discurso do Sundar Pichai (vice-presidente de produtos do Google) de que seria “much easier” se conseguíssemos ter tudo na “rede” onde passamos o maior tempo quando estamos na frente do computador. Eles estão cada vez melhores no Marketing.
Não quero desmotivar ninguém a continuar seguindo cegamente a “Googlemania”, mas me senti na obrigação de expressar meus pensamentos, já que um dia escrevi sobre “Internet, o consumo e a invasão de privacidade”.
Não tenho como não pensar que sim, será mais uma forma e talvez a maior delas, do besbilhoteiro virtual armazenar nossas informações. Você será obrigado a estar conectado para utilizar os aplicativos do Chrome OS (além de só funcionar em HDs *SSD -Solid State Drive - driv baseado na tecnologia MLC e que é até 2,4 vezes mais rápido que o convencional) e obvialmente tudo será visualizado e armazenado em uma das singelas “Cidades de dados” criadas pelo Google.
Será que fiz bem e desativar meu Orkut? Não quero pensar tão longe.
Depois de mais uma resolução fico feliz por ainda ter muito trabalho e caminho a percorrer a maior de todas as dúvidas: O que eles farão com tantas informações? #medo
* Ricardo Nery Braz é analista da DQ&A.