O setor de informática no Brasil tem batido sucessivos recordes de crescimento nos últimos anos, após superar a primeira grave crise do setor no início de 2000. Atualmente, empreendedores nacionais vêm buscando desenvolver novas tecnologias e agregar valor aos seus produtos, reduzindo o 'gap' que ainda temos em relação a países mais desenvolvidos. Além disso, a chegada de novas tecnologias, como a TV digital, está imprimindo ainda mais dinamismo ao setor. O resultado é que empresas de todos os tipos começam a surgir para atender às novas demandas.
No entanto, noto claramente a preocupação de boa parte dos empresários quanto ao futuro de seus empreendimentos. Assim como vários outros setores de nossa economia, também na tecnologia da informação o crescimento contínuo expõe uma das maiores fraquezas do país, que é a carência de mão-de-obra qualificada. De fato, diversos empresários com quem tenho conversado prevêem uma possível diminuição de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção resultantes deste fenômeno. Alguns chegam inclusive a temer pela qualidade e continuidade de serviços importantes para a população, gerando o que já se apelidou de "apagão da informática". Infelizmente, seus temores têm fundamento.
Este ano, a ASSESPRO-RJ produziu a pesquisa setorial "Perfil do Mercado de Trabalho de Tecnologia da Informação no Rio de Janeiro". O documento revelou uma demanda por profissionais muito superior à oferta. Empresas de TI precisam ser muito exigentes na hora das contratações. O conhecimento técnico é fundamental, especialmente em linguagem de programação. Quando perguntadas se encontram dificuldade em encontrar profissionais qualificados, a grande maioria das empresas consultadas respondeu que sim. Elas apontam a baixa qualidade da formação universitária como o principal motivo desta carência. Já as universidades reclamam da queda na procura por carreiras "básicas", como engenharia.
Evidencia-se, assim, a importância de uma integração urgente entre os setores produtivo e acadêmico na área de TI. Somente assim poderemos prosseguir com a expansão do parque industrial, a geração de mais empregos qualificados e o estímulo à difusão do uso da informática como meio de modernização de outros setores da economia. A tecnologia da informação brasileira vive um bom momento e cabe a todos nós garantir sua continuidade. Devemos isso ao setor e ao Brasil.
Claudio Nasajon é professor da PUC-Rio e presidente da ASSESPRO-RJ.
No entanto, noto claramente a preocupação de boa parte dos empresários quanto ao futuro de seus empreendimentos. Assim como vários outros setores de nossa economia, também na tecnologia da informação o crescimento contínuo expõe uma das maiores fraquezas do país, que é a carência de mão-de-obra qualificada. De fato, diversos empresários com quem tenho conversado prevêem uma possível diminuição de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção resultantes deste fenômeno. Alguns chegam inclusive a temer pela qualidade e continuidade de serviços importantes para a população, gerando o que já se apelidou de "apagão da informática". Infelizmente, seus temores têm fundamento.
Este ano, a ASSESPRO-RJ produziu a pesquisa setorial "Perfil do Mercado de Trabalho de Tecnologia da Informação no Rio de Janeiro". O documento revelou uma demanda por profissionais muito superior à oferta. Empresas de TI precisam ser muito exigentes na hora das contratações. O conhecimento técnico é fundamental, especialmente em linguagem de programação. Quando perguntadas se encontram dificuldade em encontrar profissionais qualificados, a grande maioria das empresas consultadas respondeu que sim. Elas apontam a baixa qualidade da formação universitária como o principal motivo desta carência. Já as universidades reclamam da queda na procura por carreiras "básicas", como engenharia.
Evidencia-se, assim, a importância de uma integração urgente entre os setores produtivo e acadêmico na área de TI. Somente assim poderemos prosseguir com a expansão do parque industrial, a geração de mais empregos qualificados e o estímulo à difusão do uso da informática como meio de modernização de outros setores da economia. A tecnologia da informação brasileira vive um bom momento e cabe a todos nós garantir sua continuidade. Devemos isso ao setor e ao Brasil.
Claudio Nasajon é professor da PUC-Rio e presidente da ASSESPRO-RJ.