O mundo é repleto de crises, e as pessoas foram criadas para superá-las e transformá-las em oportunidades.

Se voltarmos no tempo, e olharmos a história, temos o relato de Moisés saindo do Egito antigo e conduzindo um grupo de pessoas através das dificuldades do deserto, por cerca de 40 anos e transformando-as em uma nação, com regras e ética.

Moisés conduziu seus liderados e moldou sua essência, desenvolvendo lideres capazes de enfrentar as adversidades que estariam por vir. O livro As Leis de Moisés para a Gerência, do rabino e administrador David Baron, traça paralelos surpreendentes entre as leis de Moisés e as nossas leis de gerenciamento e administração focando toda a trajetória de Moisés e das pessoas que faziam parte de sua missão.

Muitos anos depois, o mundo atravessou diversas crises existenciais e guerras mundiais, onde lideres carismáticos, autoritários, e porque não dizer verdadeiros assassinos, sem ética e sem compromisso, desafiaram a própria existência do mundo em que vivemos; diante disto, lideres verdadeiros surgiram para enfrentá-los e reconduzir a sociedade no rumo certo.

Martin Luther King, nascido em 15 de Janeiro de 1929, reconhecido por sua luta pelos direitos humanos, enfrentando forças superiores e desafios crescentes, teve como seu momento culminante o seu célebre discurso “Eu tenho um Sonho“, quando em 28 de Agosto de 1963, discursando para uma platéia de mais de 200.000 pessoas em Washington, mobilizou todo um grupo de pessoas de brancos e negros, frente a uma crise ética e comportamental que estava enraizada na própria história americana, sem nunca descuidar do que ele chamava de “luta num alto nível de dignidade e disciplina”.

Dizia ele: “Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física... Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma”.

Na ocasião ele poderia ter mobilizado esta multidão numa luta sangrenta e extremamente violenta, mas com muita lucidez, impediu o confronto violento, transformando o momento em uma grande oportunidade de conscientização da comunidade americana.
Olhando a história e viajando um pouco no tempo presente, nos deparamos com uma crise financeira global e que se refletirmos sobre a  essência das causas, poderemos entender que somente poderemos transformar esta crise em oportunidade através da verdadeira liderança, através das pessoas. Uma gestão estratégica eficaz de pessoas, aliada com um alto padrão de ética e liderança, deverá ser a resposta que o mundo dará para transformarmos esta crise em oportunidade – primeiro devemos mudar a si mesmo, para em seguida, criarmos uma geração de pessoas responsáveis, éticas e formadoras de verdadeiros líderes.

Só depende de nós, utilizarmos as ferramentas disponíveis de TI em conjunto com uma gestão de pessoas inteligente e eficaz, alinhando tudo isto à estratégia da empresa, para transformarmos a crise em oportunidade.
Elias Litvin Gendelmann é Coordenador de Vendas da Processor