Utilizar mecanismos de busca para agilizar a aquisição do conhecimento é algo que pode ser implementado em sala de aula. Para tanto, os educadores devem se adaptar à tecnologia e extrair dela o que há de melhor. Por outro lado, os educandos devem ser orientados para evitar os perigos que podem vir com o mau uso da tecnologia.
Em primeiro lugar, os educadores precisam ter em mente que não adianta questionar os alunos de maneira objetiva. Dessa forma, perguntas do tipo "o que", "como" e "quando" são muito fáceis de serem encontradas nos mecanismos de busca. Devem-se mudar as questões para "por quê". Assim, o aluno é forçado a pensar na resposta. Outra tática interessante é misturar conceitos, para que o aluno, através da reflexão, possa raciocinar e encontrar a resposta. O trabalho baseado em projetos, onde o aluno é estimulado a achar soluções para problemas ou situações reais, também deve ser amplamente utilizado para evitar as respostas prontas e disponíveis na grande rede.
Essa mudança é necessária porque os alunos tendem a cair em um grave erro que pode prejudicar irremediavelmente o desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Alguns alunos simplesmente abrem mão de raciocinar e buscam tudo, mas tudo mesmo, no Google. Às vezes, questões simples, que podem ser solucionadas prestando atenção ao que se faz, passam direto para o mecanismo de busca.
No meu trabalho de educação visando a formação profissional de jovens e adultos, tenho notado que cada vez mais os alunos buscam este tipo de artifício para encontrar as respostas que poderiam ser inferidas por eles. Por exemplo, ao invés de analisar o código de uma linguagem de programação, os alunos tendem a buscar situações semelhantes desenvolvidas por outros programadores. Aparentemente é mais fácil e muitos dirão que "não é necessário reinventar a roda". Concordo com este pensamento e acredito que não precisamos inventar coisas que já existem.
Porém, achar erros no código ou soluções para problemas de lógica é mais rápido, fácil e, principalmente, desenvolve a capacidade de solucionar problemas. Sem isso, perde-se um tempo enorme para localizar eventuais respostas e a solução encontrada pode não ser a melhor para o problema apresentado. Ela pode simplesmente funcionar. A idéia é que o aluno se concentre no código e busque por si mesmo a solução.
Fazer com que os alunos localizem as informações objetivas na rede é útil, mas fazê-los pensar e raciocinar é fundamental.
A tecnologia é muito útil e abre um mundo de possibilidades para os alunos ampliarem o conhecimento. Afinal, nunca se teve acesso a tanta informação e tão rapidamente em toda história da humanidade. Contudo, como qualquer ferramenta, pode ser bem ou mal utilizada. Cabe a nós, educadores, orientar os alunos para que não caiam em armadilhas que podem tornar o resultado contrário ao desejável.
Celso Poderoso é mestre em Tecnologia, especialista em Sistemas de Informação e economista. Possui cinco livros publicados na área de banco de dados, como SQL Curso Prático e Oracle PL/SQL 10g, pela Novatec Editora.
Em primeiro lugar, os educadores precisam ter em mente que não adianta questionar os alunos de maneira objetiva. Dessa forma, perguntas do tipo "o que", "como" e "quando" são muito fáceis de serem encontradas nos mecanismos de busca. Devem-se mudar as questões para "por quê". Assim, o aluno é forçado a pensar na resposta. Outra tática interessante é misturar conceitos, para que o aluno, através da reflexão, possa raciocinar e encontrar a resposta. O trabalho baseado em projetos, onde o aluno é estimulado a achar soluções para problemas ou situações reais, também deve ser amplamente utilizado para evitar as respostas prontas e disponíveis na grande rede.
Essa mudança é necessária porque os alunos tendem a cair em um grave erro que pode prejudicar irremediavelmente o desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Alguns alunos simplesmente abrem mão de raciocinar e buscam tudo, mas tudo mesmo, no Google. Às vezes, questões simples, que podem ser solucionadas prestando atenção ao que se faz, passam direto para o mecanismo de busca.
No meu trabalho de educação visando a formação profissional de jovens e adultos, tenho notado que cada vez mais os alunos buscam este tipo de artifício para encontrar as respostas que poderiam ser inferidas por eles. Por exemplo, ao invés de analisar o código de uma linguagem de programação, os alunos tendem a buscar situações semelhantes desenvolvidas por outros programadores. Aparentemente é mais fácil e muitos dirão que "não é necessário reinventar a roda". Concordo com este pensamento e acredito que não precisamos inventar coisas que já existem.
Porém, achar erros no código ou soluções para problemas de lógica é mais rápido, fácil e, principalmente, desenvolve a capacidade de solucionar problemas. Sem isso, perde-se um tempo enorme para localizar eventuais respostas e a solução encontrada pode não ser a melhor para o problema apresentado. Ela pode simplesmente funcionar. A idéia é que o aluno se concentre no código e busque por si mesmo a solução.
Fazer com que os alunos localizem as informações objetivas na rede é útil, mas fazê-los pensar e raciocinar é fundamental.
A tecnologia é muito útil e abre um mundo de possibilidades para os alunos ampliarem o conhecimento. Afinal, nunca se teve acesso a tanta informação e tão rapidamente em toda história da humanidade. Contudo, como qualquer ferramenta, pode ser bem ou mal utilizada. Cabe a nós, educadores, orientar os alunos para que não caiam em armadilhas que podem tornar o resultado contrário ao desejável.
Celso Poderoso é mestre em Tecnologia, especialista em Sistemas de Informação e economista. Possui cinco livros publicados na área de banco de dados, como SQL Curso Prático e Oracle PL/SQL 10g, pela Novatec Editora.