Rotineiramente quando falamos em testes de software com um gestor de projeto ou um administrador, os mesmos alegam que, por uma questão de custos, o teste é deixado de lado.  Ledo engano. Ao agir assim, a etapa de desenvolvimento é sempre aumentada e o analista não consegue se focar em outro trabalho, já que consome seu tempo resolvendo problemas,  estendendo a duração de dedicação ao projeto.  Como consequência, os reflexos não são nada animadores, tais como os custos que aumentam, e os prazos que não são cumpridos.

No entanto, todas essas ocorrências podem ser resolvidas de uma forma rápida e obter redução de custos. Os problemas de um projeto iniciam no levantamento de requisitos, se arrastam e aumentam na fase de análise, acontecendo o mesmo na fase de desenvolvimento. 

Se, desde o levantamento de requisitos, um analista de testes estiver envolvido, as dúvidas, erros e atos falhos serão sanados ainda neste período, ou seja, são eliminados logo no princípio. O mesmo se aplica ao estágio de análise, ficando sob responsabilidade do desenvolvedor apenas a tarefa de praticar/codificar. Dessa forma, os erros que serão detectados no final do projeto serão técnicos e de simples resolução.

Mas e os efeitos dessa constatação na prática? Bom, esses falam por si só, marcados por atualizações constantes em sua técnica e manutenção. Os números registrados após a experiência no acompanhamento de projeto com testes durante todas as etapas demonstrou Retorno sobre Investimento de aproximadamente 150%. 

Nas primeiras fases, onde não é habitual se aplicar testes, o Retorno sobre Investimento é negativo, pois os requisitos devem ser melhor definidos e a Análise de Sistemas, mais detalhada. Porém, a fase de codificação é extremamente reduzida, já que ao programador cabe apenas a função de codificar, não provocar suposições e investigar.

Por fim, as experiências do produto finalizado garantem que a fase de correção de erros em produção não existirá. Portanto, aplicar testes apenas no final de um projeto é válido e garante que o cliente receberá um produto livre de surpresas negativas mas, exercê-los desde a concepção de um sistema garante, com convicção, redução de custos e total cumprimento do cronograma.

* Ângela Oliveira é sócia e diretora técnica da TestCenter.