Sabemos que Cloud Computing é uma das principais tendências tecnológicas para os próximos anos.

Tendência que vimos ser acelerada durante a crise econômica em 2009, quando os orçamentos foram reduzidos e as áreas de TI sofreram com os cortes de custos.

Podemos dizer que a tecnologia conquistou seu espaço e que a discussão agora gira em torno de outro aspecto.

Qual o caminho a Cloud Computing deve seguir?

Algumas empresas estão apostando as suas fichas nas Cloud privadas, que nada mais são que redes fechadas da própria empresa ou redes de fornecedores que permitem a troca de informações e o compartilhamento de processamento dentro de uma ou várias redes de empresas.

Porém, especialistas acreditam que esta prática está com os dias contados e que a direção a ser seguida é a de Cloud públicas.

Independente do modelo adotado, esse estilo de computação escalável e elástica, que permite que recursos sejam compartilhados e fornecidos aos clientes, tem várias características que estão determinando a sua adoção pelas empresas: redução de custos – não existe necessidade de instalação de softwares.

Os usuários utilizam a mesma versão e o acesso pode ser feito em qualquer lugar pela internet.

Para entender melhor esse universo da Cloud Computing, que para alguns ainda não está tão claro, podemos analisar a maneira como o Google trabalha.

Quando se faz uma pesquisa no Google, o mecanismo de busca percorre servidores e computadores atrás daquelas informações.

Estas informações não estão fisicamente armazenadas nos computadores do Google, mas o acesso se dá através do mecanismo de busca.


Outro bom exemplo é o de imobiliárias, que utilizam mapas para localizar e mostrar a disponibilidade de imóveis na internet.

Quando se localiza um imóvel em determinado ponto de um mapa, na realidade, existe a interação de dois softwares que estão hospedados em pontos diferentes – um com o endereço e outro com o mapa.

Isto se chama mash up, uma característica de aplicações de Cloud Computing.

Muitos fornecedores estão oferecendo aplicativos na Cloud.

Estes aplicativos são denominados SaaS, Software as a Service.

São softwares ofertados como serviço e com cobrança baseada em mensalidade ou subscrição.

Outras empresas disponibilizam plataformas para o desenvolvimento de aplicativos SaaS na web, denominadas de PaaS – Platform as a Service, que permitem desenvolvimento mais rápido do que as ferramentas tradicionais.

Os próximos anos devem apontar os caminhos que a Cloud Computing deverá percorrer.

Ainda veremos muitas novidades e infinitas soluções que serão criadas e adotadas.

A única coisa que podemos ter certeza é que Cloud Computing é uma tendência de longo prazo e que veio para ficar.


* Nei Fernando Tremarin é gerente de Relações com Investidores do Mercado Eletrônico.