Atualmente, o mercado de trabalho segrega as pessoas em dois grupos: o primeiro é o dos visionários que possuem uma maneira de enxergar a vida, onde suas crenças e seus valores superam qualquer adversidade ou paradigma que contrapõe à visão de um mundo voltado a resultados.
Andam na contramão de um universo, onde o sabor e o prazer da conquista vão dando lugar ao mecânico, ao automático, ao cumprimento de normas sem questionamentos e ao contentamento de se atingir uma meta proposta por alguém que não está alinhado com a sua história ou filosofia de vida.
Talvez, nem queiram saber que filosofia ou história é essa.
A estes, o segundo grupo, o ambiente empresarial os categoriza e os premia como gestores com foco em resultado.
Realizar-se vendo outros se realizando.
Ser co-responsável de sonhos e desejos de outras vidas que passam todos os dias por seus planejamentos e suas tomadas de decisão.
Este, talvez, seja o desafio anônimo dos gestores que dão ênfase e empregam seu estilo de liderança com foco no desenvolvimento de pessoas.
Muitos estudiosos criam teses e deliberam diariamente sobre a ênfase da gestão humana, mas seus manuscritos e argumentos não resistem a um ponto negativo no balanço da empresa.
Passam a ser retórica ou algo que permeia o imaginário dos altos escalões executivos, mas sem força suficiente para se concretizar.
Possivelmente, não seja o valor da ação o maior ativo de uma companhia.
Valores subjetivos como respeito, confiança e um ambiente de trabalho aprazível, onde todos possuem a mesma disposição mental e objetivos comuns seja o melhor investimento de longo prazo.
Pessoas que chegam e pessoas que saem; história e valores que se perdem são agentes transformadores e catalisadores para que se tenha uma empresa em busca de sua verdadeira identidade.
O que se tinha já foi; e o que é não será.
Mas, o mundo dos negócios tem se mostrado terra fértil àqueles que sabem seguir à risca as cartilhas propostas.
O resultado sobrepuja qualquer ideal.
Aos visionários, cabe o alento de permanecerem nesse mundo, sobrevivendo com suas crenças, acreditando no inimaginável e, vez ou outra, administrando a frustração de não mais criar ou proporcionar um espaço melhor àqueles que estão sob sua responsabilidade.
E, ironicamente, buscando o resultado proposto acima de seus sonhos.
*Leandro L. Barbosa é Gerente de Atendimento SondaIT
Os visionários e os "by the book"
Leandro L. Barbosa // 24/02/2011 13:26
Atualmente, o mercado de trabalho segrega as pessoas em dois grupos: o primeiro é o dos visionários que possuem uma maneira de enxergar a vida, onde suas crenças e seus valores superam qualquer adversidade ou paradigma que contrapõe à visão de um mundo voltado a resultados.