A produção e o investimento em tecnologias da informação no sul do País têm sido intensa nos últimos anos.
Segundo o instituto de pesquisa IDC, a Região Sul ocupa a posição de segunda maior investidora na área de Tecnologia da Informação (TI) do Brasil, concentrando 12,6% dos investimentos e atrás somente do Sudeste, que detém 65% do total.
Entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o quinto maior em relação à compra de tecnologia, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais.
Por outro lado, com uma grande concentração de startups, o RS também é um polo bem interessante de desenvolvimento de tecnologias.
O Estado tem empresas com pleno potencial de competirem em pé de igualdade com a concorrência em outras regiões e temos, ainda, incubadoras gaúchas que realizam projetos de ponta, como a Tecnosinos, TecnoPUC e Valetec.
O fomento ao empreendedorismo, à inovação e à capacitação profissional é expressivo por aqui.
As perspectivas para o desenvolvimento do setor de tecnologia no RS são, portanto, muito positivas.
Considerando o bom momento econômico do País e os grandes eventos que acontecerão em terras tupiniquins nos próximos anos – como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 –, é bem provável que o mercado mantenha-se aquecido nesse período.
E apesar de o setor de TI do Estado ser bastante diversificado, podemos destacar uma forte tendência de demanda principalmente por parte dos segmentos industrial e varejista.
Já para o próximo ano, a expectativa é de que a computação móvel e as soluções de mobilidade consolidem-se como diferencial nos negócios.
Com a proliferação de dispositivos móveis com funcionalidades avançadas e aplicações que oferecem suporte à produtividade dos negócios, empresas e serviços terão de se adequar à nova realidade se quiserem seguir os bons ventos do mercado.
Outro ponto a considerar é que veremos crescer a adoção de soluções na nuvem, principalmente porque TI Verde é uma das grandes preocupações das empresas atualmente. E claro, um aumento de soluções de segurança para a nuvem também faz parte dessa tendência.
Uma pesquisa recente na qual foram entrevistados mais de 3 mil líderes de TI em todo o mundo – incluindo o Brasil, os resultados mostraram que Cloud Computing é prioridade para a maioria dos CIOs: 60% deles pretendem adotar a nuvem nos próximos cinco anos como infraestrutura de suporte ao crescimento de seus negócios e ganho de vantagem competitiva.
O mesmo estudo também aponta que a tecnologia tem atuado cada vez mais a favor dos objetivos de negócios das organizações.
Dessa forma, a tendência é vermos, cada vez mais, as empresas gaúchas investindo em ferramentas de business analytics, métricas preditivas e outras soluções que transformam informação em inteligência de negócio.
Essas tecnologias aparecem no topo das prioridades do CIO brasileiro: 83% deles destacam a importância de painéis de controle visual interativos e que monitorem em tempo real informações estratégicas para a empresa.
Assim, em 2012, as empresas gaúchas devem continuar apostando na melhoria da qualidade de seus processos tecnológicos, percebendo que a TI saiu da posição de plataforma que suporta o negócio, para um cenário onde precisa gerar novas oportunidades para as organizações.
O nosso Estado, certamente compõe um polo fértil em termos de pesquisa e desenvolvimento, startups e fornecimento de TI para demais regiões.
E certamente se destacará por seu potencial inovador, não apenas na região Sul, mas também no Brasil e no mundo.
*Frank Koja é diretor da Regional Sul da IBM Brasil.