José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) e CEO da Pollux. Foto: Divulgação/Seprorgs.
Apesar de muitas vezes ser vista como uma mudança radical para a forma de produção e fabricação de produtos, a internet industrial é, em sua maior parte, uma evolução dos processos já realizados há anos.
A visão, com uma dosagem menor de hype do que a média na área de tecnologia, é de José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) e CEO da Pollux, que esteve em Porto Alegre falando no Mesas de TI do Seprorgs.
“Muitas das tecnologias envolvidas neste tema, como robótica e impressão 3D, já são trabalhadas na indústria há muito tempo. Há grande novidade está na parte de dados, que permite uma nova atuação com conceitos como IoT, analytics e inteligência artificial”, reforça Rizzo.
O termo internet industrial diz justamente respeito a esse novo tipo de manufatura com um uso pesado de sensores dentro da chamada Internet das Coisas, mas também produção automatizada e análise de grandes volumes de dados na nuvem.
Em sua palestra, Rizzo exemplificou o assunto ao mostrar o primeiro braço robótico utilizado pela indústria, lançado em 1961.
“A aparência, por exemplo, não é muito diferente dos robôs que vemos hoje, que evoluíram na capacidade de atuar junto com as pessoas, como os robôs colaborativos”, detalha.
Da mesma forma, a impressão 3D vem avançando desde 1984, quando o norte-americano Chuck Hull criou um equipamento utilizando estereolitografia, tecnologia precursora da impressão 3D.
“A evolução desses equipamentos e o crescimento de soluções em nuvem tem deixado a tecnologia cada vez mais acessível, com plataformas e sensores cada vez mais baratos. Com isso, a tecnologia passa a não ser mais uma vantagem competitiva, pois está muito disponível. O que pode mudar uma empresa são os novos modelos de negócios que ela propicia”, acrescenta Rizzo.