Antônio Carlos Soares.
O Runrun.it, plataforma brasileira de gestão do trabalho, acaba de lançar uma ferramenta de inteligência que promete entregar aos gestores as informações necessárias para agir de acordo com a velha premissa de que tempo é dinheiro.
A frase é batida, mas do ponto de vista de gestão de ativos é justamente o uso do tempo por parte dos funcionários um dos aspectos mais negligenciados, aponta Antônio Carlos Soares, co-fundador e CEO da empresa.
“Numa empresa de serviços de valor agregado, as horas dos funcionários podem responder por 70% do custo total. É um custo sobre o qual as empresas tem uma visibilidade muito baixa”, resume Soares.
A Runrun.it investiu R$ 1 milhão no desenvolvimento do projeto, pelo meio do qual o software da empresa passa a ser capaz de cruzar dados sobre o tempo investido pelas equipes nas tarefas, projetos e clientes com dados de faturamento e custos, por exemplo.
"É possível cruzar dados e ampliar radicalmente a lucratividade e eficiência da empresa", diz Soares, afirmando que a visão “verticalmente integrada centralizada ao redor do tempo” é “única no mundo”.
O Runrun.it já utiliza inteligência artificial e algoritmos preditivos para calcular de maneira autônoma as datas de entrega de tarefas e projetos de usuários espalhados por 1 mil clientes diferentes.
A ideia agora é cruzar esses dados com outras informações sobre custos de horas e faturamento final aos clientes, oriundos de sistemas de gestão empresarial ou de recursos humanos (a API da companhia integra 182 outros sistemas).
Um exemplo do tipo de resultado que esse cruzamento pode trazer foi visto em um cliente especializado em serviços de formatação de artigos acadêmicos, que cobrava um valor fixo por página formatada.