iFood ficou devendo entrega para o Procon. Foto: Divulgação.
O Procon do Rio de Janeiro multou o iFood em R$ 1,5 milhão pelo que considerou a falta de informações suficientes do aplicativo sobre um ataque no começo de novembro.
Na ocasião, uma grande quantidade de restaurantes cadastrados teve seu nome trocado por “Bolsonaro 2022”, “Petista Comunista” ou “Vacina Mata” no meio do feriadão de finados.
O iFood afirmou que as modificações foram feitas por um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento, afetando 6% da base de cadastrados (o app não abriu o número, mas pelas contas da reportagem do Baguete, isso seria algo na faixa dos 12 mil restaurantes).
A empresa garantiu na época que não houve vazamento de dados pessoais dos consumidores nem de informações sobre cartões de débito ou crédito cadastrados como meios de pagamento.
Na política de privacidade do iFood, por outro lado, está dito que a plataforma compartilha dados com empresas terceirizadas, incluindo os meios de pagamento.
O Procon-RJ julgou que o iFood não deu garantias suficientes sobre a segurança dos dados dos clientes ou se explicou suficientemente sobre o tamanho do problema que afetou os restaurantes.
Pelo lado dos restaurantes, o órgão quis saber quais estabelecimentos foram afetados por esse acesso indevido, por quanto tempo os nomes ficaram alterados, qual foi o prazo para correção do sistema, quantas compras foram realizadas durante o acesso indevido e, a pergunta do milhão, quem afinal é a empresa terceira cujo funcionário teria aprontado tudo isso.
O iFood ainda pode recorrer. Talvez fosse melhor pagar a multa e deixar para lá, porque todo o assunto ficou muito mal explicado e pode ser que falar cause mais prejuízos.