O Uber fez uma projeção na frente da Câmara durante a votação. Foto: Tiago Silva.
A Câmara de São Paulo aprovou na quarta-feira, 9, um projeto de lei que proíbe o Uber e outros aplicativos de transporte particular. Com 43 votos favoráveis e três contrários, o texto agora vai para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).
Mesmo com essa votação, o Uber é considerado um meio de transporte clandestino pela prefeitura desde que surgiu, no ano passado. Como não existe regulamentação para esse tipo de serviço, o motorista flagrado fazendo transporte por meio do aplicativo já é multado - num valor de aproximadamente R$ 1,9 mil - e pode ter o veículo apreendido.
Segundo os vereadores, a nova lei surge porque é necessário respaldo jurídico para a proibição, pois não há legislação municipal específica para aplicativos de transporte.
Mesmo com a aprovação do veto ao Uber, uma emenda (apresentada a pedido de Haddad) prevê a possibilidade de estudos para regulamentação de tecnologias como o Uber, mas sem prazo para ocorrer.
Na manhã de ontem, 9, Daniel Mangabeira, representante do Uber no Brasil, propôs no Rio de Janeiro a criação de uma taxa que seria paga pelos motoristas do aplicativo e poderia ser revertida para um fundo de investimento na melhoria de transporte de ônibus, táxis e trens.
Segundo o Valor, ele participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio. Mangabeira afirmou que a medida proposta será adotada na Cidade do México, onde o aplicativo já é regulamentado.