Nuvens no céu de Brasília. Foto: Depositphotos.
A Extreme Digital Solutions, empresa conhecida no mercado como EDS, levou a licitação do para entrega de serviços de computação em nuvem, conectividade e treinamento no Ministério Público Federal (MPF).
A companhia venceu com um oferta de R$ 15,95 milhões, 54% abaixo do preço base do certame, que era de R$ 34,29 milhões.
A EDS superou a Claro, segunda colocada, que apresentou proposta de R$ 16,96 milhões; a Compwire, que ofertou R$ 18,2 milhões; e a Oi, R$ 18,56 milhões.
O contrato prevê gerenciamento e operação de recursos em nuvem, migração de recursos computacionais, migração de banco de dados, conexões por fibra para data center que vão de 1 Gbps a 10 Gbps e para unidades do MPF, além da capacitação de pessoal.
O edital era aberto em relação a fornecedores. A EDS vai oferecer um mix com AWS, IBM e Huawei, três empresas com presença relativamente frequente no governo, e a Tencent, uma chinesa que está dando os primeiros passos no país.
A IPnet, outra concorrente, também colocou a Tencent na sua proposta, junto com o Google. A grande líder no entanto foi a AWS, que estava nas propostas de 8 das 10 empresas que disputaram.
O resultado do leilão ainda não é definitivo. As operadoras Claro e Oi já enviaram nesta semana recursos questionando o resultado.
A Claro critica a proposta da EDS. Cita descontos em serviços gerenciados de conectividade de fibra junto a operadoras que chegam a 85%, o que considera “inexequível”.
Já a Oi também cobra uma diligência para apurar melhor a oferta feita pela EDS. Sugere que a empresa acrescentou documentos após a apresentação de lances, o que seria contrário às regras do edital.
Reclamações à parte, parece difícil que a EDS perca o contrato.
A empresa atendeu a um total de 70 órgãos do governo aderiram ao edital de nuvem pública em 2022, no valor de R$ 147 milhões.
QUEM É A EDS
A Extreme Digital Solutions é uma empresa de médio porte com forte presença no setor público, com sede em Recife e filiais em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, e São Paulo.
Como muitas empresas que atuam principalmente com setor público, trata-se de uma companhia discreta, que não costuma fazer grandes divulgações ou investimentos em marketing.
A empresa tem 1 mil funcionários. A EDS tem o nível 3 no modelo de qualidade de software CMMI, um selo atingido por relativamente poucas empresas no país.
Fundada ainda em 2014, a empresa já lista como clientes no seu site 46 órgãos de governo em diferentes esferas, indo desde de os Correios até o governo do Maranhão, passando por estatais estaduais de processamento de dados como Proderj e Prodesp, a Câmara de Deputados e a Justiça Federal.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário