Marcelo Terrazzan.
A japonesa Rakuten, empresa da plataforma de comércio eletrônico que leva o mesmo nome, tem planos para faturar no país, até o final de 2015, R$ 200 milhões.
O valor ainda está distante dos US$ 15 bilhões faturados pela empresa só no Japão, em 2013, mas a meta anunciada é ousada mesmo assim: significaria criar um líder no fragmentado mercado brasileiro de soluções de e-commerce.
A estratégia passa pela segmentação. Foram mapeadas pela empresa nove potenciais áreas de negócios e desenvolvida uma plataforma de e-commerce dedicada para cada uma.
São as verticais brand (para fabricantes de marca própria), moda, móveis, tecnologia (instrumentos musicais e eletroeletrônicos), varejo, farmácia, joias, auto peças e atacarejo.
"Entendemos que cada vertical necessita uma plataforma dedicada porque cada mercado tem a sua particularidade, necessitando funções específicas", disse Marcelo Terrazzan, diretor de Vendas da empresa, durante o Rakuten Expo 2014, realizado nesta terça-feira, 14, em São Paulo.
Atualmente, as verticais moda, atacarejo e casa e decoração respondem por 30% do faturamento da empresa no país.
"Vender tudo para todos é um esquema que não funciona. A plataforma dedica ajuda o usuário a fidelizar clientes pois lhe mostra melhor o dia a dia da operação dele", completa o executivo.
O modelo de negócio junto às PME é chamado pela empresa de "software com serviço", ou seja, a plataforma integra um pacote que possui serviços de call center, suporte e marketing, televendas e logística aos usuários.
Outro plano da empresa é aumentar o número de lojas virtuais em sua plataforma online Rakuten Shopping. Das 23 mil lojas virtuais que existem no país hoje, a empresa japonesa quer atender 10% delas até o final do ano que vem. Hoje, a plataforma conta com 1,2 mil.
No entanto, a empresa terá de enfrentar alguns desafios impostos pelo atual cenário do e-commerce nacional para executar o projeto de ser líder no Brasil.