Unisinos forma profissionais para o mercado de games. Foto: Unisinos.
Desde os antigos videogames Atari, populares no Brasil na década de 1980, muita coisa mudou na indústria de jogos. Nos últimos anos, o setor – que faturou aproximadamente US$ 2 bilhões em 2011 no mercado mundial – vem deixando para trás, com folga, as indústrias cinematográfica e fonográfica.
Quer um exemplo? Uma produção como Lua Nova faturou US$ 73 milhões nas primeiras 24 horas. O livro Harry Potter e as Relíquias da Morte, no mesmo período, arrecadou US$ 220 milhões. Enquanto isso, o game Call of Duty: Modern Warfare 2 correu por fora e rendeu US$ 400 milhões.
No Brasil, o mercado avança de forma lenta, principalmente pelo valor pago pelo consumidor final ao comprar um game – e o peso dos impostos nessa conta. Entretanto, algumas mudanças já podem ser percebidas, como a inclusão de um conselheiro da área no Ministério da Cultura, fazendo com que o segmento passasse a ser considerado produto audiovisual.
Um dos grandes gargalos que inibem a expansão do setor é a pirataria e, especialmente, a falta de profissionais qualificados para trabalhar no desenvolvimento dos jogos.
No Rio Grande do Sul, empresas de Porto Alegre, São Leopoldo e Pelotas buscaram profissionais e reconfiguraram seus quadros nos últimos meses.
“Há ainda muitas oportunidades a distância. Programadores estão desenvolvendo games web, iPhone e Android para empresas estrangeiras. A rotina de trabalho envolve pacotes de entrega de produto, projetos de software, aprendizado de novas tecnologias e programação, além da participação na concepção de jogos digitais”, ressalta o professor do curso de Jogos Digitais na Unisinos, João Ricardo Bittencourt.
Segundo Bittencourt, o aluno é preparado para projetar e desenvolver tecnologias computacionais aplicadas aos jogos digitais, mas não apenas isso: “Eles também trabalham para conceber novos jogos e gerenciar a produção executiva do game”.