Matheus Goyas, CEO e cofundador da Trybe.
A Trybe, escola de formação em desenvolvimento de software, acaba de comprar a catarinense Codenation, que atua no mesmo mercado, ainda que com um modelo de negócio diferente.
A Codenation atua criando programas de formação de mão de obra baseados em desafios patrocinados por uma empresa, nos quais os participantes recebem gratuitamente formação e tutoria.
O foco é em recém-formados da universidade e sem experiência, quanto profissionais que já trabalham no setor e não conseguem chegar aos polos de tecnologia.
Desde a fundação, em 2017, a startup já envolveu 50 mil profissionais nos seus programas. Empresas como Itaú, QuintoAndar, Banco Inter e Stone contrataram algumas “centenas” desse total, aponta a Trybe em nota.
Já a Trybe tem uma outra abordagem, baseada no modelo conhecido internacionalmente como Income Share Agreement (ISA), ou, como prefere a startup, Modelo de Sucesso Compartilhado (MSC).
O ISA ou MSC significam a mesma coisa: o aluno faz o curso, mas só paga quando tiver encontrado um emprego acima de determinada faixa salarial, de R$ 3,5 mil no caso da Trybe.
A Trybe, logicamente, busca oferecer formação que garanta emprego rápido para os participantes, e para isso trabalha próximo das empresas, mas não sob medida como no caso da Codenation (melhorar o trabalho de aproximação com o mercado é provavelmente o objetivo maior da aquisição).
"Ao nos tornarmos Trybe, poderemos contribuir de forma muito mais significativa com a carreira de quem está em nossa plataforma, formando do zero ao mercado, sem a necessidade de conhecimento prévio em programação", afirma Eduardo Varela, CEO e cofundador da Codenation.