Fabio S
Quando iniciou sua investida brasileira para o Watson, sua plataforma avançada de computação cognitiva, a IBM contou com um importante representante do segmento financeiro (Bradesco) para a largada. Agora, o desafio da multinacional é avançar a tecnologia para outros clientes e setores.
Desde o lançamento comercial do Watson, realizado no início do ano passado, com um investimento de R$ 1 bilhão, a Big Blue colocou suas fichas em mercados estratégicos para iniciar o trabalho com o novo produto - entre eles o Brasil.
Atualmente o Watson está disponível somente na língua inglesa e está em fase de aprendizagem de duas línguas - japonês e português, uma demanda que veio no rastro do contrato assinado com o Bradesco, em outubro do ano passado.
Segundo destaca Fabio Scopeta, líder da divisão Watson na IBM Brasil, o sistema inteligente deverá concluir sua assimilação da língua portuguesa até o final deste ano, para a partir de 2016 ser colocado efetivamente em projetos externos.
"Começamos com a implementação no Bradesco, que consistirá na adoção da interface linguística do Watson para uso no call center do banco, tornando inteligente a comunicação interna e o atendimento aos clientes", afirmou o executivo.
A expectativa da instituição financeira, que passou a integrar o Watson Global Advisory Board, conselho global de empresas que trabalham com computação cognitiva, é fazer o go live da primeira fase do projeto no call center até o segundo semestre de 2016.
O Bradesco, o segundo maior banco do Brasil, faz parte de um grupo pioneiro em todo mundo, a maioria bancos, incluindo também o mexicano Banorte, a financeira sul africana MMI, a espanhola Caixa, a multinacional francesa de farmacéutica Sanofi, entre outros.
Para Scopeta, assim que o Watson concluir seu aprendizado do idioma brasileiro, o plano é levar a solução para outros clientes em potencial, mirando especialmente o segmento financeiro, que teve as portas abertas pelo Bradesco.
"Os bancos enfrentam um desafio para otimizar seus mecanismos de personalização e engajamento de clientes, algo que vai além dos números e requer uma inteligência avançada para aprender e analisar dados tanto estruturados quanto não estruturados", avalia o executivo.