Fábio Branco. Foto: divulgação.
O ex-prefeito de Rio Grande Fábio Branco (PMDB) será o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do novo governo de José Ivo Sartori. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 18.
Branco assumirá uma “supersecretaria”, combinando as antigas Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico e Desenvolvimento, mais a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).
A fusão, parte do movimento de Sartori por cortar 10 pastas com status de secretaria em prol do corte de custos, foi desaprovada publicamente pela Assespro-RS, divulgada na segunda-feira, 15.
Para a entidade, o estado deveria “continuar sendo exemplo” e não copiar “modelos infinitamente inferiores”.
Na sua nota, assinada pelo atual presidente da Assespro-RS, Robison Klein, e a futura presidente, Letícia Batistela, a Assespro-RS defende a importância da secretaria para o fortalecimento do setor de TI no Rio Grande do Sul: “Merecemos um tratamento a altura da nossa capacidade e potencial produtivo”.
Fábio Branco foi eleito prefeito de Rio Grande em 2000 e 2008. Na eleição deste ano, foi o deputado mais votado da bancada do PMDB, com 57 mil votos e obteve a maior votação da história do município.
Agora, a expectativa é saber quem serão os componentes do segundo escalão da nova secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, incluindo o subsecretário ou outro cargo que fará a interlocução com a área acadêmica e as empresas de tecnologia do estado.
O primeiro escalão do governo Sartori é basicamente composto por políticos em todas as secretarias de ponta, incluindo dois deputados federais eleitos, um em final de mandado e seis deputados estaduais.
Além do status de ter uma secretaria voltada para tecnologia, é difícil definir o que o setor de TI gaúcho perdeu com o fim da SCIT.
Regulamentada em 1995, a SCIT tem 27 cargos de comissão e dois servidores, sendo que o primeiro concursado foi contratado apenas em 2011.
Com poucos funcionários CCs e menos orçamento ainda, a pasta foi historicamente usada como um prêmio de consolação pouco apreciado para políticos das diferentes bases aliadas.