Bob Hammer, CEO da Commvault.
A Commvault, até poucos anos atrás conhecida no mercado como um player de backup, se reposicionou como uma plataforma de gestão de dados e agora que um lugar central em um universo empresarial obcecado com informação.
A nova empresa esteve à mostra durante o Commvault Go!, a segunda edição do seu congresso para clientes e parceiros realizado recentemente em Washington, nos Estados Unidos.
Surgida dentro da gigante de telecomunicações americana AT&T e no mercado de maneira independente desde o final dos anos 90, a Commvault e é considerada hoje a líder no Quadrante Mágico do Gartner para backup e recovery.
No entanto, muita coisa mudou nos últimos 10 anos, mudanças que colocariam um player de nicho em condições de ter ambições bem maiores do ajudar gerentes de infraestrutura de TI a gerenciar backup de longo prazo em fita.
“Nós somos guardiões dos dados, não mais caras de TI”, disse durante seu keynote Al Bunte, COO da Commvault, agregando que no cenário atual “as organizações que não sabem os dados que tem, não sabem os dados que não tem e não conseguem achar nada”.
Bunte deu a tônica do discurso da Commvault. Tendências em alta no mundo de tecnologia como computação em nuvem em software como serviço não eliminam a necessidade de políticas próprias de gestão de dados (backup, para usar a expressão antiga): na verdade, elas tornam o assunto mais complexo.
A oportunidade de crescimento vislumbrada pela Commvault está nessa complexidade, que multiplicou dados (muitas vezes os mesmos, ou versões diferentes dos mesmos) dentro da infraestrutura on premise das empresas, em diferentes nuvens e softwares comprados como serviço.
O problema não será solucionado, pelo menos no discurso da Commvault, por uma migração ainda maior para nuvem.
A expressão “efeito bumerangue”, que descreve a volta de algumas atividades da nuvem para dentro das empresas como parte de uma reavaliação de que casos de uso são realmente válidos para cloud computing foi usada bastante durante o Commvault Go!.