João Vitor Carminatti, CEO e cofundador da Stark. Foto: divulgação.
A Stark, especializada em fusões e aquisições, recebeu um aporte em rodada seed liderada pela Bossa Nova Investimentos, micro venture capital que investe em startups com atuação em todo território nacional.
O valor do aporte não foi revelado, mas ele foi realizado através do comitê de fintechs criado pela investidora, que conta com R$ 5 milhões para investir em startups brasileiras. Na transação, a Stark foi avaliada em R$ 15 milhões.
Fundada em 2016, a M&A tech, como a empresa se intitula, desenvolveu uma solução SaaS para realizar matches entre investidores e companhias de médio porte, que possuam faturamento anual acima de R$ 20 milhões — ou R$ 12 milhões, no caso das empresas de tecnologia.
O objetivo é avaliar propostas de investimento, fusão ou aquisição e a remuneração da plataforma só se inicia após a comprovação da existência de um investidor formalmente interessado.
"Vimos a tecnologia causando a disrupção de diversos nichos do mercado financeiro enquanto os processos de M&A ainda eram conduzidos de forma ineficiente, lenta e cara por boutiques e bancos de investimentos. Digitalizar este mercado passou a ser nossa obsessão diária”, conta João Vitor Carminatti, CEO e cofundador da Stark.
A plataforma consegue reduzir o tempo de prospecção de potenciais investidores de três meses para menos de uma semana e, em cinco meses, já assessorou o fechamento de cinco transações, que totalizaram R$ 130 milhões.
Hoje, a startup possui 23 clientes ativos e 190 teses de investimento. Juntos, os investidores atualmente cadastrados na plataforma possuem mais de US$ 10 bilhões sob gestão, disponíveis para investimentos no Brasil.
Depois de ver seu faturamento aumentar 500% em 2020, a empresa espera crescer mais 300% em 2021. A expectativa é que, já no primeiro trimestre deste ano, a Stark fature a quantia alcançada em todo ano passado.
"Nossa missão de tornar o M&A acessível para todo o ecossistema empresarial brasileiro só está no começo. Estamos felizes com a conclusão da rodada com a Bossa Nova Investimentos, pois além do capital, teremos em nosso conselho executivos que unem o melhor da inovação tecnológica ao mercado financeiro", afirma Carminatti.
De acordo com João Bezerra, ex-CTO do Banco Itaú e líder do comitê da Bossa Nova Investimentos, o principal objetivo da gestora com esse projeto é injetar recursos em negócios promissores para o mercado financeiro.
"Sabemos o quanto as soluções tecnológicas são fundamentais para manter o setor em crescimento e a Stark se mostrou com um grande diferencial, que chamou nossa atenção. O aporte recebido agora é só o primeiro passo”, garante Bezerra.
Criada em 2015 por meio da união do portfólio dos investidores anjos João Kepler e Pierre Schurmann, a Bossa Nova Investimentos é uma micro venture que investe em startups em estágio pré-seed com atuação em todo território nacional.
Em seu portfólio constam mais de 500 startups como Agenda Edu, Hand Talk e Hallo.