Segurança das empresas gaúchas tem fragilidades sérias. Foto: Pexels.
Sete em cada dez empresas médias e grandes no Rio Grande do Sul tem pelo menos três vulnerabilidades que apresentam riscos à segurança da informação e uma em cada 20, algum tipo de vulnerabilidade com alto poder de dano e de fácil exploração.
O quadro, preocupante mas talvez não surpreendente (e provavalmente igual em outras partes do país), foi descoberto pela Netfive, uma consultoria de segurança sediada em Porto Alegre.
A empresa chegou a conclusão usando as mesmas técnicas que um atancante usaria, iniciando pelo domínio da organização e enumerando subdomínios e tecnologias utilizadas nos sistemas.
Depois disso, a Netfive executou softwares open source que identificam vulnerabilidades conhecidas (CVEs, no jargão da área de segurança) e classificam o risco como baixo, médio ou alto baseado no impacto que a vulnerabilidade explorada pode causar na organização.
Entre as vulnerabilidades mais típicas, estão softwares desatualizados; arquivos de backup armazenados no próprio servidor, que expõem dados sensíveis da aplicação ou banco de dados; páginas internas como Intranets e painéis de administração expostas para a Internet e sistemas de gerenciamento de conteúdo desatualizados, em especial o Wordpress, uma solução open source muito popular.
Os erros graves, encontrados em 1 de cada 20 pesquisados, incluem vulnerabilidades que permitem a execução remota de comandos, permitindo o controle completo do servidor e acesso à rede interna.
Essa situação decorre da falta de falta de atualização de sistemas como concentradores VPN, sistemas que utilizam TOMCAT/JBOSS, servidores de e-mail e sistemas DVR/NVR.
Em paralelo aos testes de vulnerabilidades, a Netfive também enviou questionários às empresas, o que ajuda a complementar o quadro.