“Devemos ser um dos poucos projetos do tipo que tem uma representante comercial em SP”, comentou, ressaltando o caso de um contrato fechado com uma empresa situada a 40 km de Recife, mas que só comprava produtos de TI na capital paulista. “O desafio é como ligar mercados emergentes com tecnologias emergentes e solucionar problemas para pessoas que possam pagar”, resumiu o pesquisador.
Meira aproveitou para criticar a morosidade do meio acadêmico brasileiro em adaptar-se ao seu papel no fomento da pesquisa voltada aos negócios – uma vez que a universidade lidera o gasto em P&D no País. “Uma pesquisa recente apontou que 95% dos pesquisadores se dizem muito ligados à sua pesquisa e 67% nunca deixariam a sua instituição. É um perfil oposto ao que se vê em nações como a Coréia, por exemplo”, avaliou.
Instalado no centro antigo de Recife, o Cesar surgiu em 1992, visando reduzir a imigração dos formandos em Computação da UFPE – 75% deles abandonavam a cidade após concluir o curso. Atualmente, cerca de 83 empresas de software estão instaladas no Porto Digital da cidade e mais de 600 profissionais trabalham em iniciativas ligadas ao Centro, algumas envolvidas em operações multinacionais.
O repórter Maurício F. Renner está em Curitiba, cobrindo o XV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, a convite do Tecnopuc.