APL vai fomentar eletro-eletrônica

A Abinee-RS iniciou nesta quarta-feira, 12, o processo de implantação de um Arranjo Produtivo Local (APL) para o setor eletro-eletrônico do Rio Grande do Sul. O diretor da entidade, Luiz Gerbase, participou de uma reunião com o Ministério do Desenvolvimento e Sedai para tratar do projeto, que pretende conseguir linhas de crédito especiais junto aos órgãos de fomento para empresas gaúchas da área.

Em Santa Catarina, uma iniciativa do tipo já envolve 60 companhias do setor no oeste do estado.

12 de março de 2008 - 17:18
APL vai fomentar eletro-eletrônica
A Abinee-RS iniciou nesta quarta-feira, 12, o processo de implantação de um Arranjo Produtivo Local (APL) para o setor eletro-eletrônico do Rio Grande do Sul. O diretor da entidade, Luiz Gerbase, participou de uma reunião com o Ministério do Desenvolvimento e Sedai para tratar do projeto, que pretende conseguir linhas de crédito especiais junto aos órgãos de fomento para empresas gaúchas da área.

Em Santa Catarina, uma iniciativa do tipo já envolve 60 companhias do setor no oeste do estado.

Com o APL, o objetivo é também aproximar as pesquisas desenvolvidas na PUC-RS, Unisinos, Feevale e Ufgrs das empresas do setor e de fabricantes de software. Neste caso, a Abinee-RS ficaria com a tarefa de intermediar este contato, bem como as conversações com órgãos concessores de financiamentos.

A criação do APL pode ser o empurrão que falta ao segmento gaúcho de eletro-eletrônicos, ainda carente de incentivos, segundo a diretora de Design do Ceitec, Edelweiss Ritt. "É preciso investir cada vez mais na inovação, no estado. Não devemos apenas criar sobre chips estrangeiros, adaptar componentes, agregar tecnologia. Queremos desenvolver projetos nossos, com o expertise e condições que temos", explicou a executiva em palestra no Tecnopuc nesta quarta, 12.

Como exemplo de incentivo, a diretora não cita apenas investimentos ou linhas de crédito. "Para tornar-se cliente ou parceiro do Ceitec, por exemplo, é preciso apresentar um projeto de solução que traga contribuição ao setor brasileiro de eletro-eletrônica. Um bom exemplo é o chip que desenvolvemos para a Altus, empresa de São Leopoldo para a qual entregaremos 15 mil unidades de micro-circuito ainda este ano", destaca Edelweiss.

O projeto para a Altus - da qual Gerbase também é presidente - envolveu um investimento de R$ 1,1 milhão por parte da empresa. Conforme a diretora de Design do Ceitec, a confiança da empresa na criação local evita que o estado perca uma "oportunidade de desenvolvimento", impulsionando a inovação.

Várias fontes
Outra iniciativa que tende a impulsionar a eletro-eletrônica gaúcha é o PAC da TI, do governo federal. Conforme divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em novembro de 2007, o estado poderá ficar com R$ 4,1 bilhões dos R$ 41 bilhões previstos para o projeto em todo o país. E de acordo com o ministro Sérgio Rezende, que veio a Porto Alegre conhecer o centro de desenvolvimento de semicondutores, a fábrica deverá ficar com boa parte da verba.