
49 milhões de toneladas métricas foram geradas. Foto: flickr.com/photos/alanahmontreal.
O Brasil gerou 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2012, 7 quilos por habitante.
A pesquisa foi feita pela Step, uma aliança de organizações da ONU, empresas, governos e ONGs.
As cifras brasileiras ainda estão longe dos Estados Unidos, o maio produtor de lixo eletrônico do mundo, com 29,8 quilos por pessoa.
Na América Latina, México está no topo do ranking junto com o Brasil. O México fabricou 1,5 milhão de toneladas e gerou 1 milhão de toneladas de lixo, 9 quilos por pessoa.
No mundo, a quantidade por pessoa foi a mesma, o que resultou na produção de quase 49 milhões de toneladas. A previsão para 2017 é que esse número aumente 33%, atingindo 65,4 milhões de toneladas, conforme estudo da Universidade das Nações Unidas (UNU).
A Step divulgou também um estudo realizado pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e pelo Centro Nacional de Reciclagem de Eletrônica dos Estados Unidos que detalha a geração, a coleta e a exportação de alguns tipos de equipamentos eletrônicos de segunda mão, de acordo com publicação no Convergência Digital.
A partir disso, em 2010, os EUA geraram 258,2 milhões de unidades usadas de computadores, televisões e telefones celulares, e muitos foram para a América Latina. Dois terços das unidades utilizadas foram recolhidas para serem reutilizadas e recicladas e 8,5% dos aparatos foram exportados como unidades inteiras.
Outros aparatos usados que também foram exportados dos Estados Unidos à América Latina foram artigos eletrônicos grandes, como televisões e monitores. E os principais destinos latino-americanos foram México, Venezuela e Paraguai.
O governo brasileiro realizou um estudo que indicou que uma rede com capacidade de recolher metade do lixo eletrônico do país exigiria R$ 500 milhões por ano.
A dificuldade está relacionada à extensão do território brasileiro, além dos desafios com a logística, pois só o transporte representa 35% do custo total.
Existem apenas 94 recicladores de eletrônicos no país. Em 2011, 20 mil toneladas de lixo eletrônico foram exportadas, vendidos a preço de sucata mesmo com componentes como ouro.
Um sistema nacional poderia gerar até 15 mil empregos, além de um processo de logística reversa ao contribuir com até 18% de aumento na disponibilidade de material reciclado no mercado.
Nessa projeção, o volume de sucata resultaria em um crescimento potencial do mercado de R$ 700 milhões, apenas com o reaproveitamento de plásticos, ferro, alumínio, cobre e vidro.
A meta do Brasil é chegar ao fim da década com 17% do lixo sendo coletado.