Brasil: Falta apostar no mobile payment

Segundo análise da Booz & Company, consultoria de gestão, os pagamentos por meio de celulares ainda necessitam de condições específicas para deslancharem no Brasil.
16 de junho de 2008 - 13:58
Segundo análise da Booz & Company, consultoria de gestão, os pagamentos por meio de celulares ainda necessitam de condições específicas para deslancharem no Brasil.

“As condições para que o negócio dê certo no Brasil, nos Estados Unidos, e nos países da Europa são: disposição dos consumidores de pagar pelas transações; condições econômicas favoráveis; investimento das empresas; e infra-estrutura bancária que prescinda desse tipo de serviço”, explica Victor Koss, vice-presidente da empresa.

O especialista acredita que ao menos uma das quatro condições devem ser atendidas: empresas com determinação suficiente para investir na criação de massa crítica, sem a expectativa de obter taxas de atratividade no retorno; subsídios governamentais ou de terceiros; utilização de novas fontes de valor, como por exemplo a onda de aplicativos de “proximidade pessoal”; e decisão dos bancos de forçar a adoção da tecnologia (como ocorreu com internet banking na década de 90).

Normalmente, as operadoras de celulares têm tomado a dianteira desse processo de olho no aumento do volume de tráfego em suas redes e numa fatia das receitas provenientes dos pagamentos. “Entretanto, os bancos e fornecedores de aplicativos não mostram tanto entusiasmo com essa nova modalidade de comércio, pois não conseguem, ainda, enxergar como lucrariam no processo”, afirma Koss.

Consolidação

Nos Estados Unidos, um estudo conduzido pela Nielsen Mobile indica que o mercado de comércio via celular já foi usado por 9,2 milhões de pessoas, o que representa 3,6% dos assinantes no país. O mobile payment através de mensagens de texto (SMS) foi utilizado por 6,5 milhões de usuários.

O eBay lidera o número de acessos, tendo recebido 3,4 milhões de usuários únicos no mês de abril.