Brasil quer exportar mais TI

A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Brasscom anunciaram, em São Paulo, nesta segunda-feira, 26, um projeto para promoção internacional do setor de TI, que receberá investimentos conjuntos de R$ 14 milhões nos próximos dois anos.
26 de janeiro de 2009 - 16:32
Brasil quer exportar mais TI
A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Brasscom anunciaram, em São Paulo, nesta segunda-feira, 26, um projeto para promoção internacional do setor de TI, que receberá investimentos conjuntos de R$ 14 milhões nos próximos dois anos.

A iniciativa irá beneficiar inicialmente as 36 empresas que compõem a Brasscom e que, juntas, representam mais de 70% do PIB brasileiro de TI. Uma das metas do projeto é atender também a novas empresas que possam contribuir com os esforços de exportação do setor. Os mercados-alvo serão Estados Unidos, Reino Unido e Japão.

A meta do projeto é sair de exportações de serviços de TI de cerca de US$ 840 milhões em 2008, para US$ 1,3 bilhão em 2009 e US$ 2,5 bilhões em 2010. Para isso, serão realizadas atividades como branding, relações públicas internacional, campanha internacional de mídia, participação em eventos mundiais, vinda de analistas e especialistas do setor ao país, entre outras.

O objetivo é desenvolver a imagem do setor de TI no exterior, buscando consolidar o país como uma opção para outsourcing (terceirização) de serviços de tecnologia no mundo. A expectativa é que as iniciativas gerarem pelo menos 45 mil novos empregos até 2010.

“O que se espera deste acordo não é apenas o aumento das exportações, que certamente virá. Queremos mais do que isso: queremos promover e posicionar o setor de TI brasileiro no mercado internacional”, afirma Alessandro Teixeira, presidente da Apex-Brasil.

Para o presidente da Brasscom, Antônio Gil, o governo e o setor privado sinalizam, com este convênio, que TI está no topo da agenda do país. “O atual cenário global traz grandes vantagens ao Brasil, que tem uma economia mais bem preparada para absorver os impactos da crise e dar uma efetiva contribuição à economia global. A forte desvalorização do real frente ao dólar favoreceu as exportações brasileiras, aumentou a entrada de capital estrangeiro no país e impulsionou a economia”, acredita Gil.
 
Mercado em crescimento
O Brasil é hoje o oitavo maior mercado interno de TI no mundo e referência global em serviços financeiros e e-government.  

Segundo estimativas da AT Kearney, em 2009, o setor de ITO/BPO deverá faturar US$ 1,27 trilhão em todo o mundo. Os serviços de offshore outsourcing serão um dos motores de aceleração desse mercado, devendo movimentar cerca de US$ 84 bilhões, com a intensa taxa de crescimento de 20% ao ano. Estima-se, para 2010, um volume de negócios por volta de US$ 101 bilhões.