CIOs gaúchos opinam sobre fornecedores e mão de obra

Quem não entender o negócio do cliente e se qualificar estará fora do mercado. É o veredicto dos gestores de TI entrevistados pelo Baguete durante o CIO Executive Day, realizado pela Sucesu-RS em Porto Alegre, na terça-feira, 30. “O conceito de vendedor que só vende está mudando. Adaptar-se a isso é uma questão de sobrevivência, hoje”, aponta Heitor Hendges, CIO do Hertz Medicamentos (foto da capa).
31 de agosto de 2005 - 17:43
CIOs gaúchos opinam sobre fornecedores e mão de obra
Quem não entender o negócio do cliente e se qualificar estará fora do mercado. É o veredicto dos gestores de TI entrevistados pelo Baguete durante o CIO Executive Day, realizado pela Sucesu-RS em Porto Alegre, na terça-feira, 30. “O conceito de vendedor que só vende está mudando. Adaptar-se a isso é uma questão de sobrevivência, hoje”, aponta Heitor Hendges, CIO do Hertz Medicamentos (foto da capa). Carla Kohlrausch, gerente de TI da Avipal, faz coro: “Para nós, o determinante é o entendimento que o fornecedor tem do nosso negócio”, resume, lembrando a complexidade da cadeia de fornecimento e a capilaridade da operação da companhia.

A qualidade do serviço é outro fator fundamental, no qual tem influência decisiva a formação dos profissionais e o uso de métricas de programação. Ainda que costumem contratar parceiros gaúchos - cujas vantagens seriam “comprometimento, tempo de resposta e custo baixo”, no resumo de Marcelo Pinto de Castro, diretor de TI da Thyssen Krupp –, os entrevistados são unânimes em ressaltar a necessidade de adequação a metodologias como CMMI. A expectativa é que isso acabe por acontecer naturalmente “como pré-requisito para o crescimento das empresas”, também nas palavras de Castro.

As queixas sobre a mão de obra que sai dos cursos superiores também são correntes. “As universidades largam um profissional muito cru, que entende da parte técnica, mas não de negócios”, resume Hendges. O executivo lamenta a falta de profissionais para áreas estratégicas, como gestão de TI, devido à grande demanda. Patrícia Markus, gerente de TI da Internacional Engines, se lembra da própria experiência. “A gente aprende fazendo. Tenho dois estagiários muito bons, mas não sei dizer onde termina o apreendido em sala de aula e começa o interesse pessoal. O importante é estar preparado para sempre aprender coisas novas”, avalia Patrícia.