Georgia Barbosa, gerente executiva do CISSA - Foto: Linkedin
O CISSA, Centro de Competência Embrapii em Segurança Cibernética, passou a realizar pesquisas em criptografia pós-quântica (CPQ) em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
O intuito de unir forças é antecipar as futuras ameaças que a computação quântica pode vir a causar a governos e empresas privadas.
Essa tecnologia terá a capacidade de quebrar os algoritmos de criptografia atuais em minutos, expondo dados sensíveis de governos, empresas e cidadãos.
A computação quântica utiliza os princípios da mecânica quântica para resolver problemas complexos de forma muito mais rápida que os computadores tradicionais.
Ela usa qubits, que podem ser 0 e 1, ou ambos ao mesmo tempo, em que o estado de um afeta o outro instantaneamente, permitindo o processamento paralelo de várias possibilidades.
Operado pelo CESAR, centro de inovação e conhecimento do Brasil, sediado no parque tecnológico do Porto Digital, em Recife, o CISSA e a ABIN unirão pesquisadores e especialistas em um projeto de 18 meses, com foco na otimização de algoritmos pós-quânticos.
“Nossa missão no CESAR é usar conhecimento para resolver os desafios mais complexos da sociedade. Ao desenvolvermos soluções pós-quânticas eficientes, garantimos que o país estará preparado para a próxima fronteira tecnológica, defendendo nossa soberania e a segurança de nossos dados”, afirma Georgia Barbosa, gerente executiva do CISSA.
Os algoritmos pós-quânticos exigem alto poder de energia e processamento para implementação em larga escala, e a pesquisa conjunta busca refiná-los e torná-los viáveis e eficientes para aplicações em segurança cibernética.
Fundado em 1996, o CESAR é um centro de inovação que atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas de alta complexidade.
Sediado no Porto Digital e contando com cerca de 1.300 colaboradores, o CESAR afirma entregar mais de 130 projetos por ano em parceria com empresas globais e formar mais de nove mil pessoas por meio do CESAR School.
