
Source: Nobullying.com
Fazer transações pela internet parece algo corriqueiro para a maioria dos jovens, mas ainda há algumas pessoas que desconfiam da segurança dessas transações. Afinal de contas, a internet é algo intangível. Isto é: não podemos tocar na tela e apertar a mão de uma pessoa – ao menos ainda não podemos, nunca se sabe o que a tecnologia pode aprontar até o fim do século.
Essa desconfiança, de toda sorte, acaba sendo fundamentada na intangibilidade e pelo fato de que muitos não sabem os extensos protocolos de segurança que são utilizados em boa parte das transações que acontecem na internet – sejam de dados ou financeiras, mesmo.
Existe uma camada (ou melhor, várias) de segurança em um site que tenha troca de informações sensíveis ao usuário e que não podem andar desprotegidas. A primeira delas é o chamado HTTPS. Normalmente, a “rodovia” padrão dos sites é o HTTP, que nada mais é do que um conjunto de regras para comunicação entre o servidor e seu navegador.
O HTTPS é uma versão mais segura desse protocolo. É como se fosse uma estrada com mais avisos de segurança, por exemplo, e uma equipe pronta para evitar que malucos trafeguem nela. Essa equipe adicional de segurança são protocolos extras, como o SSL e o TLS – respectivamente. Você pode ler de maneira mais aprofundada e técnica sobre o assunto num especial que o G1 fez sobre o assunto.
A criptografia e como ela ajuda a sociedade hoje em dia
O tema é pano de fundo para um dos recentes blockbusters do cinema, o filme Jogo da Imitação. Nele, conta-se a história de Alan Turing e como a criptografia ajuda o advento disto que você está usando para ler este texto: um computador. A missão de Turing no filme – não se preocupe, não haverá spoilers – é tentar quebrar os códigos nas mensagens que o exército alemão trocava durante a guerra (criptografadas através da máquina “Enigma”).
A palavra criptografia é derivada do grego (kryptos = escondido/grafia = escrita) e seu significado na língua helênica já nos indica o que esperar desse procedimento. Nada mais é do que trocar sua mensagem do “idioma” ou linguagem original para um código que só o emissor – no caso, seu navegador – e o receptor da mensagem saibam ler. Ou, no caso, descriptografar. Isso é feito a partir de protocolos e você percebe isso quando um símbolo de um cadeado aparece em seu navegador, ao lado do endereço do site. Seja num site de banco, no Facebook ou em outros lugares onde sua informação pessoal necessita de proteção, a criptografia é um importante método para manter seus dados seguros.
De bancos a sites de poker, a segurança vem crescendo na internet
A maior parte dos bancos utiliza do teclado eletrônico para que os usuários possam acessar o internet banking. É o caso do Itaú, por exemplo, como você pode ver na imagem acima. A ideia é que não haja risco de um dado computador infectado com programas que “gravam” o que você digita no teclado entregue para criminosos seus dados pessoais. Como você clica na tela, esses programas maliciosos acabam ficando inúteis – ainda bem! – nessa missão.
Não são apenas bancos que utilizam de recursos de segurança para proteger os dados das pessoas e a legitimidade na troca de informações no ambiente virtual. Um exemplo bastante interessante é no poker jogado pela internet, atividade que é cada vez mais popular e que vem atuando como catalisador na popularidade desse esporte. No caso da PokerStars, por exemplo, é utilizado um algoritmo e seguidos processos de embaralhamento onde são criados novos baralhos. Assim, a legitimidade do jogo fica assegurada pela própria matemática e pela aleatoriedade.
Fazer transações pela internet pode parecer algo pouco seguro para alguns que não conhecem o empenho e os recursos utilizados na segurança de muitos sites grandes. Em realidade, há algumas décadas existe um empenho muito grande por parte dos top dogs em criar formas de criptografar informações de maneira cada vez mais difíceis de serem quebradas.