Eike: site de negociação de energia em junho

O empresário Eike Batista promete para junho o lançamento de uma plataforma eletrônica para negociação de energia elétrica no mercado livre, que comporta 25% do total de eletricidade consumida no país.

13 de abril de 2011 - 10:06
Eike: site de negociação de energia em junho

O empresário Eike Batista promete para junho o lançamento de uma plataforma eletrônica para negociação de energia elétrica no mercado livre, que comporta 25% do total de eletricidade consumida no país.

O portal, batizado de Brix, é resultado do trabalho do empresário, CEO do Grupo EBX; além de Josué Gomes da Silva, CEO da Coteminas; Marcelo Parodi, CEO da Compass Energia; Roberto Teixeira da Costa, economista; e da americana IntercontinentalExchange (ICE), que atua no setor de negociação eletrônica em mercados como energia elétrica, petróleo e commodities agrícolas.

O chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL), criado em 1995, garante a indústrias de médio-grande porte, shopping centers, hospitais e grande varejo, entre outros consumidores que usam mais de 0,5 megawatt (MW), a possibilidade de negociar seus contratos de fornecimento de energia com base em volume, preço, duração e indexação.

Pela nova plataforma eletrônica, os mais de 1,4 mil agentes que atuam no mercado livre atualmente poderão negociar os contratos via web, sem a necessidade do uso de softwares específicos ou outros intermediários para o processo.

Além disso, Eike também promete para junho a disponibilização do “Índice Brix Spot”, que mede a evolução de preços a partir das negociações efetivadas.

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O empresário destaca o lançamento da plataforma como “a primeira etapa para a criação de uma bolsa de energia elétrica no Brasil”.

E nesta chamada primeira fase, os contratos terão apenas liquidação com entrega e recebimento físico de energia elétrica por meio de registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Depois, quando do lançamento de contratos de derivativos de energia com liquidação financeira, o acesso será expandido.

Nesta etapa, será permitida a participação de instituições financeiras nos processos.

Há, ainda, um terceiro passo previsto, quando será estabelecida uma câmara de compensação e liquidação (clearing house).

A função da câmara será possibilitar o lançamento, pela Brix, de contratos multilaterais com liquidação financeira.

R$ 75 bi em cinco anos
Para Batista, a perspectiva com a plataforma é triplicar, até no máximo 2016, o volume de negócios deste setor dos R$ 25 bilhões estimados para 2010 para cerca de R$ 75 bilhões.

As regras do jogo
Para negociar no Brix, os agentes envolvidos nas transações irão assinar acordos de participação na plataforma, entrando em consenso sobre regras e procedimentos, para depois estabelecer limites de crédito bilateral, em MW, para as negociações.

A ideia é que cada vendedor defina um limite máximo de risco aceitável com as outras partes, sem que elas tomem conhecimento.

Feito isso, por meio de login e senha, os agentes entram na plataforma de negociação em si. A partir daí, os lances serão anônimos até o fechamento da operação de compra e venda.

Concluída a negociação, as partes envolvidas receberão e-mail de confirmação do processo, partindo para o pagamento e registro obrigatório da cessão de energia elétrica correspondente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).