Equipamento importado não deixa PLC decolar

Quando o assunto é popularizar a banda larga no Brasil é quase inevitável abordar o PLC como alternativa, que é a internet via rede elétrica. Mas, por enquanto, não é bom contar com essa possibilidade em escala.

O PLC, tecnologia de fornecimento de banda larga via rede elétrica, não se expande no Brasil porque o equipamento é 100% importado.

01 de dezembro de 2010 - 09:56

Quando o assunto é popularizar a banda larga no Brasil é quase inevitável abordar o PLC como alternativa, que é a internet via rede elétrica. Mas, por enquanto, não é bom contar com essa possibilidade em escala.

O PLC, tecnologia de fornecimento de banda larga via rede elétrica, não se expande no Brasil porque o equipamento é 100% importado.

A afirmação é de Teresa Vernaglia, diretora-geral da AES Atimus, companhia que possui um projeto piloto com a tecnologia em São Paulo.

"Não se produz o modem no Brasil", destaca Teresa.

Segundo ela, todos os equipamentos necessários para possibilitar o projeto mantido pela AES Atimus, por exemplo, vêm do exterior. E a diretora é categórica em afirmar que se trata de uma tecnologia viável, que oferece velocidade máxima de 15 Mbps.

"É suficiente para atender a demanda residencial", afirma a executiva.

Porém, conforme Teresa, na ponta do lápis, o PLC sai caro.

Embora o custo seja inferior ao da fibra, por toda a cadeia, que envolve não apenas a produção local como também a mão de obra, hoje é mais fácil expandir rede de fibra ótica que apostar na escala da internet via rede elétrica.

De acordo com a diretora, só haverá empresas interessadas em fabricar equipamentos de Power Line Communication no Brasil se houver escala, o que poderá ser garantido pelas ações do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), se a expansão prevista no projeto for atingida.

Hoje, por exemplo, a executiva afirma que só compensa investir neste modelo quando o equipamento usado atinge 100 domicílios de uma única vez.

A sugestão de Teresa é que o governo, gestor do PNBL, crie práticas de incentivo ao desenvolvimento da indústria nacional de PLC, ou de atração para que companhias internacionais venham fabricar por aqui, informa o ITweb.