“Não podemos afirmar que há relação direta de causa e efeito entre a governança de TI e lucros maiores. Podemos imaginar que sim. As empresas com melhor desempenho possuem governança”, diz a principal pesquisadora cientista do CISR, Jeanne Ross, trazida ao Brasil pela HP para extender os estudos às enpresas locais.
Quanto às que detêm infra-estrutura madura, há percepção de economia nos gastos em TI, em um primeiro momento, e depois tendem a investir mais, mas com maior geração de valor, defende Jeanne. A abordagem tradicional para a utilização de TI, analisa o diário econômico, é a adaptação da infra-estrutura toda vez que há uma necessidade de negócios. “O problema, neste caso, é que TI acaba sendo sempre o gargalo”, diz a pesquisadora. Neste baixo nível de maturidade, pode haver silos de negócios pela empresa, cada um com sua própria infra-estrutura. Segundo o estudo, 12% das maiores empresas estão nesse estágio, muitas do segmento farmacêutico e bancos de investimentos.
A primeira evolução passa pela padronização de TI, de acordo com a matéria, para toda a corporação. Quase metade das companhias (48%) se encontra nesse nível. Jeanne exemplifica com a Toyota Europe que, antes de padronizar seus sistemas, obtinha receita anual maior, mas o lucro permanecia estacionado.
Do universo estudado, 40% das empresas estão nos dois estágios mais avançados de arquitetura, o de negócios otimizados - em que a infra-estrutura está padronizada e enxuta - e o de modularidade de negócios - em que os processos estão altamente alinhados com a tecnologia e possuem métricas para provar isso. Um exemplo é a British Telecommunications (BT), que pode entregar projetos a cada 90 dias e avaliar os resultados em outros 90 dias.