“Há 22 milhões de brasileiros acessando nosso site mensalmente, mas eles não conhecem todas as ferramentas que oferecemos”, diz Alexandre Hohagen, diretor-geral da Google Brasil. “Em 2006, nosso desafio é realizar um trabalho de educação no mercado, fazendo os serviços que temos gerarem receita. Para isso, vamos investir em localização. Os produtos precisam ter a cara do País”, completa o executivo.
Em parte, os esforços de localização já começaram. Exemplo disso foi o lançamento do Google News, serviço que lista notícias online de diversas fontes, e a oferta em português do Picasa, um software para organizar e modificar fotografias e imagens. Outra novidade que ganhou uma versão para o Brasil é o Google Desktop.
Não há planos para o Orkut, pese ao sucesso do site no Brasil: 6 milhões de visitas mensais brasileiras todos os meses, contra 20 mil americanas. “Houve uma aceitação surpreendente, mas ainda não conseguimos uma fórmula para obter receita com ela - e diria que isso está longe de acontecer”, garante Hohagen.
Concorrência
Agência européia para a inovação industrial (AII) deve apresentar em janeiro o Quaero, ferramenta que pretende fazer frente ao Google, que hoje monopoliza os recursos de pesquisas na rede mundial. O sistema, que foi anunciado no início de 2005 pelo presidente francês, Jacques Chirac, tem entre seus desenvolvedores o grupo Thomson, empresa que detém diversas patentes de tecnologia. Entre os recursos que o Quaero deve disponibilizar está uma biblioteca multimídia.