Governo seleciona 6 empresas para participar do Giga

Os ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia escolheram as seis companhias nacionais para quem serão transferidas as tecnologias desenvolvidas no projeto Giga (programa de convergência tecnológica de redes IP e ópticas de alta velocidade). Os nomes das empresas selecionadas, no entanto, só serão divulgados na próxima quarta-feira, 04, quando serão detalhados os critérios para a escolha das mesmas.
03 de abril de 2007 - 10:33
Os ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia escolheram as seis companhias nacionais para quem serão transferidas as tecnologias desenvolvidas no projeto Giga (programa de convergência tecnológica de redes IP e ópticas de alta velocidade). Os nomes das empresas selecionadas, no entanto, só serão divulgados na próxima quarta-feira, 04, quando serão detalhados os critérios para a escolha das mesmas.

Segundo informações prévias do Ministério das Comunicações, a seleção das companhias baseou-se na avaliação de capacidade técnica, desempenho financeiro e modelo de gestão. Empresas que já produziam sistemas ópticos ou que estejam trabalhando neste mercado também foram consideradas. Ainda segundo o órgão federal, a transferência de tecnologia vai permitir às selecionadas condições de oferecerem equipamentos avançados às operadoras de telecomunicações, proporcionando a evolução das redes ópticas no país.

Giga
O projeto Giga é financiado pelo Funttel (Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), que depositou um investimento de R$ 55 milhões. Uma parceria entre o CPqD e a RNP montou uma plataforma de teste para a iniciativa, que conecta cerca de 20 instituições brasileiras em uma distância de 750 km. A idéia do governo é que a rede impulsione serviços como telemedicina, teleducação, entretenimento e estudos de prospecção de petróleo, por exemplo.

A rede experimental do projeto entrou no ar em 28 de abril de 2004, entre São Paulo e Rio de Janeiro, permitindo velocidades até 400 vezes maiores que as médias oferecidas pelas linhas ADSL. Além disso, o custo de uso das linhas fica até 30 vezes inferior à internet tradicional.

A Telefônica, Intelig, Telemar e Embratel, que doaram as fibras ópticas para dar início ao Giga, têm acesso privilegiado aos desenvolvimentos feitos. Porém, se quiserem usá-los comercialmente, deverão pagar pela propriedade intelectual dos pesquisadores. Atualmente, só existem redes similares no Canadá, França, Japão e Coréia.