Uma matéria do diário Hindustan Times, de Nova Déli, sobre o open Day do Indian Institute of Technology deste domingo, 20, traz uma informação que soaria como música para os empresários de TI do Brasil, caso fosse publicada nos jornais do país.
Os quatro mil vestibulandos anuais da prestigiada universidade, tida como um centro de excelência e já comparada às americanas MIT e Berkeley, têm como prioridade os cursos de Ciências da Computação, seguida em popularidade por Engenharia Elétrica.
“Eles ignoram que essas opções só abrem 200 vagas. Seria importante se informar das grandes oportunidades oferecidas por outros cursos”, queixa-se na reportagem Himanishu Garg, acadêmico da Engenharia da Produção que se dispôs a palestrar a 900 estudantes de Nova Déli ansiosos por passar no temido vestibular do IIT.
É generalizada na Índia a percepção geral das formações de TI como um caminho promissor para bons salários. “Toda mãe quer ver seu filho em uma carreira de informática”, me garantiu o empresário do ramo de turismo Payal Shondi, durante o vôo da missão acadêmico empresarial da Feevale entre Dubai e Nova Déli.
Segundo Shondi, tiveram papel decisivo na popularidade das carreiras de TI na Índia histórias de sucesso com certa mística self made man como a do CEO da Infosys, Kris Gopalakrishnan, que começou o negócio com um pequeno empréstimo bancário e vendas de ações a amigos e parentes, vários dos quais acabaram involuntariamente milionários.
Mais recentemente, o tema caiu nas graças de Bollywood, a Meca do cinema indiano radicada em Bombaim, que vem incluindo nos seus filmes personagens ligados à TI, sempre no papel de ricaços.
Fuga de cérebros
Como em outros países do terceiro mundo, a fuga de cérebros é um assunto chave na Índia, agravado pela existência de centros de excelência públicos como o ITT.
Críticos apontam que o centro acaba usando dinheiro do contribuinte indiano para formar mão de obra para os Estados Unidos. Não é pouco dinheiro: cada uma das sete unidades do ITT tem orçamentos que variam entre US$ 22,5 milhões e US$ 32,5 milhões anuais, mais verbas de programas da iniciativa privada. Um centro normal pode receber nove vezes menos, apontam estimativas.
No célebre “O Mundo é Plano”, Thomas Friedman aponta em 25 mil o número de formados pelo IIT que emigraram para os EUA desde a fundação do mesmo, em 1953.
Por outro lado, a liberalização da economia indiana a partir dos anos 90 e o incentivo de programas de empreendedorismo entre os estudantes vêm conseguindo derrubar as taxas de imigração dos chamados IITians, que já esteve na casa dos 70% para os atuais 30%.
Maurício Renner acompanha a missão empresarial-acadêmica à Índia a convite da Feevale e da Valetec – Parque Tecnológico do Vale dos Sinos e relata tudo com um notebook HP Compaq 6710b da HervalTech. Confira mais pelo link relacionado abaixo.
Os quatro mil vestibulandos anuais da prestigiada universidade, tida como um centro de excelência e já comparada às americanas MIT e Berkeley, têm como prioridade os cursos de Ciências da Computação, seguida em popularidade por Engenharia Elétrica.
“Eles ignoram que essas opções só abrem 200 vagas. Seria importante se informar das grandes oportunidades oferecidas por outros cursos”, queixa-se na reportagem Himanishu Garg, acadêmico da Engenharia da Produção que se dispôs a palestrar a 900 estudantes de Nova Déli ansiosos por passar no temido vestibular do IIT.
É generalizada na Índia a percepção geral das formações de TI como um caminho promissor para bons salários. “Toda mãe quer ver seu filho em uma carreira de informática”, me garantiu o empresário do ramo de turismo Payal Shondi, durante o vôo da missão acadêmico empresarial da Feevale entre Dubai e Nova Déli.
Segundo Shondi, tiveram papel decisivo na popularidade das carreiras de TI na Índia histórias de sucesso com certa mística self made man como a do CEO da Infosys, Kris Gopalakrishnan, que começou o negócio com um pequeno empréstimo bancário e vendas de ações a amigos e parentes, vários dos quais acabaram involuntariamente milionários.
Mais recentemente, o tema caiu nas graças de Bollywood, a Meca do cinema indiano radicada em Bombaim, que vem incluindo nos seus filmes personagens ligados à TI, sempre no papel de ricaços.
Fuga de cérebros
Como em outros países do terceiro mundo, a fuga de cérebros é um assunto chave na Índia, agravado pela existência de centros de excelência públicos como o ITT.
Críticos apontam que o centro acaba usando dinheiro do contribuinte indiano para formar mão de obra para os Estados Unidos. Não é pouco dinheiro: cada uma das sete unidades do ITT tem orçamentos que variam entre US$ 22,5 milhões e US$ 32,5 milhões anuais, mais verbas de programas da iniciativa privada. Um centro normal pode receber nove vezes menos, apontam estimativas.
No célebre “O Mundo é Plano”, Thomas Friedman aponta em 25 mil o número de formados pelo IIT que emigraram para os EUA desde a fundação do mesmo, em 1953.
Por outro lado, a liberalização da economia indiana a partir dos anos 90 e o incentivo de programas de empreendedorismo entre os estudantes vêm conseguindo derrubar as taxas de imigração dos chamados IITians, que já esteve na casa dos 70% para os atuais 30%.
Maurício Renner acompanha a missão empresarial-acadêmica à Índia a convite da Feevale e da Valetec – Parque Tecnológico do Vale dos Sinos e relata tudo com um notebook HP Compaq 6710b da HervalTech. Confira mais pelo link relacionado abaixo.