
Yago Martins.
Yago Martins, diretor da Funnil, uma agência de marketing digital de Porto Alegre, acaba de assumir como diretor de transformação digital e inovação do Sport Club Internacional.
Em um post no Twitter, Martins afirma que sua missão é transformar o Inter no “clube mais digital do Brasil”
“Ser digital vem de dentro para fora, entendendo profundamente nosso torcedor e colocando ele no centro de tudo”, afirma o novo diretor colorado.
Martins é jovem, 29 anos, mas tem alguma experiência em empreendedorismo digital.
Ele foi um dos fundadores da Fever, uma plataforma de aluguel de imóveis via cartão de crédito, e da UmQuarto Brasil, também atuante no mercado hoteleiro.
O profissional começou a carreira justamente no mercado imobiliário, passando por cargos na área de vendas da Ducati, Lopes e Iper.
A nova diretoria do Inter, eleita no final do ano passado, tem outros nomes ligados ao setor de tecnologia.
Nelson Berny Pires, um dos sócios da T-Health, é um dos três integrantes do Comitê de Assessoramento do Conselho de Gestão, respondendo pelas áreas de Comunicação e Inovação.
Pires tem um longo histórico no setor de tecnologia. Ele foi um dos fundadores da Gens, uma empresa de software de gestão para a saúde, criada em Porto Alegre em 1991 e vendida para a Datasul em 2007.
Pouco mais de um ano depois, a própria Datasul foi adquirida pela Totvs. Pires atuou na Totvs entre 2010 e 2014, como diretor do centro de desenvolvimento na área da saúde da Totvs no Tecnopuc, e depois como diretor do segmento de saúde.
Em 2014, junto com outros sócios da Gens, fundou a T-Health, uma operação de serviços especializados para o segmento de saúde da Totvs.
As ações de transformação digital provavelmente passam também pelos vice-presidentes de Marketing, Jorge Avancini, de Negócios Estratégicos, Paulo Corazza e de Relacionamento Social, Cauê Vieira.
Um andar para cima no organograma está o primeiro vice presidente Dannie Dubin, que é empresário no setor de comunicação e uma referência do Inter na área.
Como dá para notar, o Inter tem uma estrutura algo bizantina, o que é comum em clubes de futebol, cujo organograma é definido tendo em conta a acomodação de diferentes movimentos políticos de acordo com a representatividade eleitoral, lembrando assim mais um governo do que uma empresa.
No entanto, para serem bem sucedidos, os clubes precisam aumentar o engajamento e a receita oriunda dos torcedores, um desafio para o qual a resposta é digitalização.