Mark Zuckerberg
O Facebook admitiu que contratou os serviços uma empresa de relações públicas cuja tarefa era gerar matérias que criticassem a política de privacidade adotada pelo Google.
Segundo o jornal norte-americano Financial Times, o esquema é o último indício da rivalidade crescente entre as companhias.
A Burson-Marsteller, do grupo WPP, foi a recrutada para influenciar jornalistas e técnicos.
O alvo era gerar matérias questionando a prática do Google de reunir informações de certas contas de usuários do Facebook a fim de montar uma lista das “relações sociais” dos usuários.
Não foi divulgado quanto tempo durou o esquema, descoberto nessa semana, depois que blogueiros e artigos noticiosos revelaram a ligação entre a Burson-Marsteller e o Facebook.
Um porta-voz do site de relacionamentos veio a público e disse que a empresa não autorizou nem pretendeu realizar uma “campanha difamatória”.
“Contratamos a Burson-Marsteller para concentrar a atenção nessa questão, empregando informações publicamente disponíveis que possam ser acessadas de modo independente”, disse comunicado.
Já a Burson-Marsteller disse que o Facebook “pediu que seu nome não fosse divulgado porque a empresa estava simplesmente pedindo para trazer à luz informações publicamente disponíveis.”
Apesar da justificativa, a Burson-Marsteller fez questão de salientar que esse não é o seu modus operandi. “Essa forma de agir não é, de modo nenhum, nossa forma padrão de operar e vai de encontro às nossas políticas, e a tarefa, por esses motivos, deveria ter sido recusada”, insistiu.
Dois dos executivos de relações públicas envolvidos no trabalho, Jim Goldman e John Mercurio.
O caso veio à luz depois que o pesquisador de privacidade Chris Soghoian publicou na internet os e-mails que trocou com Mercurio, o estimulando a escrever um editorial sobre o problema.
Leia a matéria do Financial Times (em inglês) nos links relacionados abaixo.