Desde a última terça-feira, 23, usuários convidados têm a oportunidade de testar o site de relacionamentos baseado em tecnologia open source Diaspora.
Tido como Facebook killer, o projeto apostou na onda de descontentamentos com a privacidade experimentada pelo site de Mark Zuckerberg em maio para se lançar como alternativa anti-Facebook no primeiro semestre de 2010.
Pesquisas indicavam, na época, que 60% dos usuários do FB cogitavam deixar o site.
O Diaspora, cujo nome vem do grego diasporé, e significa dispersão, “de um povo, de alguns dos seus elementos, ou de uma comunidade”, segundo o dicionário Priberam, seria a alternativa.
Criado por quatro estudantes de ciência de comunicação de Nova York, o projeto empolgou no início – o quarteto levantou US$ 200 mil para iniciar os trabalhos –, mas foi severamente criticado, descreve o IDG Now, por ocasião da primeira versão de testes, lançada em setembro, por problemas de segurança.
Por isso a ideia de ir com calma no fase alfa, com uma dispersão a passos lentos.
“A cada semana, convidaremos mais gente. Ao começar com pequenos passos, poderemos identificar rapidamente problemas de performance e entregar recursos o mais rapidamente possível”, afirmaram os desenvolvedores por trás do projeto, em seu blog.
Para se candidatar a um convite basta acessar o site do projeto (endereço nos links relacionados abaixo).
Usuário dono dos dados
Segundo o site Read Write Web, a proposta de rede aberta envolve uma rede distribuída em que computadores separados conectam uns aos outros diretamente, sem passar por qualquer tipo de servidor central.
Uma vez criada, esta rede poderia agregar suas informações, incluindo seu perfil do Facebook, se você quiser. Ela pode também importar coisas como tweets, feeds RSS, fotos, etc, assim como o agregador social FriendFeed.
Na rede, os computadores são chamados de feeds. Cada feed poderá integrar os serviços conectados de várias formas. Por exemplo, ilustra o RWW, um upload de foto para o Flickr poderia automaticamente se tornar um tweet utilizando a legenda e o link.
Quando seu adiciona um amigo, tecnicamente falando você está se tornando amigo do feed.
Não há um servidor centralizado gerenciando essas conexões como existe no Facebook, são somente dois computadores “conversando” entre eles, compartilhando suas informações, conteúdo, mídia e qualquer outra coisa de maneira privada usando criptografia GPG.
Um dos grandes trunfos do site, na questão da privacidade e da segurança dos dados, diz o site All Abaout Facebook, é que no Diaspora os conteúdos não se tornam de propriedade da rede social, o que impede os administradores do serviço de venderem os dados de sites visitados ou aplicativos usados para anunciantes.
A preocupação se justifica. No mês passado, o Facebook teve que se explicar após a descoberta de uma brecha na segurança que dividia dados dos usuários com anunciantes.
Entre as aplicações envolvidas estavam o game Farmville, o mais popular da rede, que atualmente tem mais de 500 milhões de usuários.
Diaspora: aberta a dispersão do Facebook?
Desde a última terça-feira, 23, usuários convidados têm a oportunidade de testar o site de relacionamentos baseado em tecnologia open source Diaspora.
Tido como Facebook killer, o projeto apostou na onda de descontentamentos com a privacidade experimentada pelo site de Mark Zuckerberg em maio para se lançar como alternativa anti-Facebook no primeiro semestre de 2010.
Pesquisas indicavam, na época, que 60% dos usuários do FB cogitavam deixar o site.
Veja também
Nova polêmica de privacidade no Facebook
Mais uma vez o Facebook se vê às voltas com problemas para manter a privacidade de seus usuários. Agora, a brecha está em aplicações no site.
Pelo menos 25 empresas estão envolvidas, incluindo as desenvolvedoras de Farmville e Texas Holdem Poker.
Dezenas de milhões de usuários foram afetados, segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ).
Zuckerberg admite “muitos erros”
Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, admitiu que a empresa cometeu “um monte de erros” nos últimos meses ao alterar as configurações de privacidade da rede social.
“Eu sei que cometemos um monte de erros, mas espero que as pessoas entendam que nossas intenções são corretas. Ainda nesta semana, estaremos prontos para falar sobre algumas de nossas próximas mudanças”, afirmou em sua coluna semanal no jornal Washington Post, no domingo, 23.
Facebook: 60% pensam em sair do serviço
Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança digital Sophos aponta que 60% de seus usuários pensam em abandonar o Facebook, por conta das questões de privacidade.
Dos 1.600 participantes, apenas 24% dos participantes disseram que não pensam em deixar o serviço.
Além disso, 16% dos respondentes afirmam terem retirado seus perfis da comunidade, motivados pela falta de controle de seus dados.
Diaspora quer ser Facebook, mas com privacidade
Com objetivo de criar uma rede social distribuída e open source que promete aos usuários o total controle sobre seus dados pessoais, um grupo de estudantes iniciou o projeto Diaspora.
Diaspora: concorrente do Facebook no dia 15
Conforme o blog oficial Diaspora, o site de relacionamento da rede será lançado na quarta-feira, 15.
Facebook lança e-mail mais social
Mark Zuckerberg apresentou nessa segunda-feira, 15, um recurso de comunicação integrada para o Facebook – unindo mensagens, e-mails e SMSs. Vista por muitos como o Gmail killer, a novidade veio em missão de paz, segundo o CEO da empresa:
"Isso não é um assassino de emails. É um sistema de mensagens que inclui o email como uma parte de si", disse Zuckerberg, de acordo com a agência Reuters.
Mark Zuckerberg descarta celular do Facebook
O Facebook não lançará um celular próprio.
Redes sociais: boas, mas dispensáveis
Apenas 7% dos empresários brasileiros consideram a atuação em redes sociais como indispensável, aponta pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc).
Enquanto a maioria (65%) tem perfil em algum site de relacionamento, quase a metade (47,9%) encara esse tipo de serviço como boa iniciativa, porém não fundamental.
Segundo o Diretor Executivo do Ibramerc, Richard Lowenthal, os sites de relacionamento ainda são vistos no Brasil com um canal complementar.
Internautas mais ativos em países emergentes
Apesar da velocidade da banda larga abaixo da média mundial, o Brasil é um dos países em que os internautas mais geram conteúdo.
Conforme estudo de um instituto de pesquisas britânico, metade dos 41,6 milhões internautas brasileiros, segundo números do Ibope para agosto, já criaram o próprio blog ou postaram comentários em fóruns virtuais.
Para os pesquisadores, o comportamento é similar ao observado em outros países emergentes.
Orkut tem o triplo do Facebook no Brasil
Com 29,4 milhões de usuários em agosto, o Orkut ganhou com larga vantagem em audiência do rival Facebook.
Segundo números da comScore, o site de relacionamentos mais forte no mundo teve 9 milhões de visitantes únicos no mês.
Apesar da desvantagem, o Facebook teve crescimento anual intenso, passando de 1,5 milhão de visitantes no ano passado para a cifra atual – mais de 80% de avanço. O tráfego do Orkut aumentou 30%.