São Leopoldo pode estar próxima de receber sua segunda fábrica de encapsulamento de chips.
Segundo informações da colunista de economia de Zero Hora, Maria Isabel Hammes, a prefeitura da cidade entregou ao governo estadual nesta quinta-feira, 12, um pedido de isenção fiscal para uma empresa do ramo.
A cidade teria encaminhado também um pedido de financiamento no valor de R$ 7 milhões para a construção de uma fábrica em parceria com a Unisinos.
A empresa, cujo nome não foi revelado por Hammes, teria investimentos projetados de US$ 120 milhões, com previsão de gerar 750 empregos.
A negociação do investimento, que estaria sendo disputado por outro estado, está sendo tratado com máxima confidencialidade pela cidade e a Unisinos, aponta Isabel.
E bote confidencialidade nisso. Questionado sobre o tema pela reportagem do Baguete Diário, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Fernando Menezes, afirmou desconhecer o assunto.
“Nós temos de fato uma política de atração de empresas, mas eu não sei nada sobre o tema. Seria ótimo se fosse verdade”, aponta Menezes. A reportagem pediu uma posição oficial da prefeitura e da Unisinos, mas não obteve retorno até o fechamento dessa matéria.
Na secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, que centraliza negociações desse tipo, a assessoria de imprensa disse que o órgão não divulga informações sobre processos em andamento.
Mercado e modelo são atrativos
Apesar da dificuldade em obter alguma confirmação oficial, natural em uma negociação desse gênero, é bem provável que a negociação exista e que São Leopoldo acabe levando a fábrica.
É o que aponta Sérgio Bampi, professor do Instituto de Informática da Ufrgs e ex-diretor do Ceitec, tido como uma autoridade na área de semicondutores no Rio Grande do Sul.
“O Brasil é um dos poucos países com demanda em alta em um setor que deve crescer mundialmente apenas 3% esse ano”, aponta Bampi, citando como atrativos adicionais os incentivos do governo em nível federal e o modelo de negócios oferecido pela Unisinos e São Leopoldo.
Como a cidade e a universidade se comprometem a construir a fábrica – no caso da HT Micron, os jesuítas estão construindo um prédio de R$ 40 milhões que será alugado pela joint venture brasileiro coreana – o possível investidor tem um custo menor para por a operação em andamento, fazendo a vinda mais atrativa.
Outra fábrica de chips em São Léo?
São Leopoldo pode estar próxima de receber sua segunda fábrica de encapsulamento de chips.
Segundo informações da colunista de economia de Zero Hora, Maria Isabel Hammes, a prefeitura da cidade entregou ao governo estadual nesta quinta-feira, 12, um pedido de isenção fiscal para uma empresa do ramo.
A cidade teria encaminhado também um pedido de financiamento no valor de R$ 7 milhões para a construção de uma fábrica em parceria com a Unisinos.
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Segundo o Valor Econômico desta quarta-feira, 22, os portugueses já estiveram nos dois países e buscam investidores nacionais para estabelecer parcerias. A decisão é esperada para agosto.
RS deverá ter fundo para semicondutores
O setor de semicondutores deverá ter, em breve, um fundo para crédito em investimentos no Rio Grande do Sul.
A promessa é do diretor-presidente do Badesul – banco gaúcho voltado para o desenvolvimento, que cumpre o papel da antiga Caixa RS –, Marcelo Lopes.
HT Micron: mais um passo adiante
A Unisinos e a HT Micron anunciaram nesta quinta-feira, 14, a construção de uma sala limpa dentro das instalações da antiga gráfica da universidade em São Leopoldo.
O local é considerado o início da “pré-operação” da joint-venture formada pela sul-coreana Hana Micron e pela gaúcha Parit Participações S/A, e produzirá, já em setembro, chips que poderão ser usados em telefones celulares e cartões de banco.
Felizzola apela por educação para inovação
Sem educação, a inovação não sobrevive. E sem inovação, a sociedade perde a sua principal riqueza.
O alerta vem de Ricardo Felizzola, presidente do Conselho da Altus Sistemas de Informática S/A e da e da joint venure de semicondutores HT Micron, segundo quem a “educação” em questão não está nos MBAs e especializações acadêmicas, mas sim das séries básicas.
RS e Coreia firmam convênios
Gaúchos e coreanos estão estreitando ainda mais suas relações.
Nessa semana, o governo do estado do Rio Grande do Sul e a Coreia do Sul assinam dois convênios de intercâmbio de alunos e pesquisadores brasileiros e coreanos nas áreas de engenharia e tecnologia.
Três universidades coreanas fazem parte da parceria: as de Kaist, Postech e Yonsei.
HT Micron já tem clientes
A HT Micron já está atendendo seus primeiros clientes no Brasil.
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São Leopoldo deu o primeiro passo para permitir a expansão do Tecnosinos para uma área de 55 hectares do horto florestal localizado no município nesta quinta-feira, 17.
Semicondutores crescem 2,2% em 2012
A receita mundial com semicondutores deverá chegar a US$ 309 bilhões em 2012, segundo o instituto Gartner, com avanço de 2,2% sobre o valor de 2011.
O avanço, tímido frente a alta de 4,6% em 2011 e de 35,1% em 2010, se deve às incertezas econômicas, segundo o pesquisador Bryan Lewis.
A produção do PC deverá crescer 5% em 2012, metade do previsto anteriormente pelo instituto.
Gastos com semicondutores 19,5% menores
Os gastos com equipamentos semicondutores serão 19,5% menores em 2012 na comparação com 2011, prevê o instituto Gartner.
Segundo os pesquisadores, os gastos chegarão a US$ 51,7 bilhões no próximo ano. Em 2011, o total chegou a US$ 64,2 bilhões. Em 2011, espera-se uma alta de 13,7% frente ao aos gastos de 2010.
“Desastres naturais e a economia terão impacto no mercado de semicondutores”, justifica Klaus Rinnen, pesquisador do instituto.
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Dezoito alunos da Unisinos embarcarão no primeiro semestre para bolsas de até um ano em universidades da Coreia do Sul.