A Elpida Memory, fabricante japonesa de semicondutores e DRAM, apresentou o maior pedido de concordata industrial do Japão, dos últimos dois anos, em meio à dívida de US$ 5,6 bilhões.
Depois dos preços dos semicondutores terem afundado e da empresa não ter conseguido garantir um segundo resgate por parte de Tóquio, a companhia apresentou apenas no último balanço, e será excluída da Bolsa de Tóquio em 28 de março.
Conforme da Folha de S. Paulo, o Japão investiu cerca de US$ 500 milhões na fabricante para ajudá-la a superar crises financeiras, já que o setor está sofrendo queda de preços e intensa competição de rivais sul-coreanos bem financiados.
Apesar do pedido de falência, o ministro do Comércio do Japão e o presidente da Elpida ainda têm esperança de que a companhia possa ser reabilitada e de que o Japão continue presente no mercado de chips de memória DRAM.
"Estamos esperando que possamos retomar as operações o mais rápido possível", disse o ministro do Comércoo do Japão, Yukio Edano, a jornalistas.
De acordo com a Folha, a Elpida vinha enfrentando dificuldades com a queda nos preços de chips e fraqueza da economia global. A mudança do gosto dos consumidores, que compram tablet com memória Flash, em vez de DRAM, também tem pressionado a companhia.
Contrapondo a expectativa dos negócios, o presidente do grupo, Yukio Sakamoto, que deve renunciar em breve, adiantou na semana passada que o futuro da empresa era incerto devido à impossibilidade de alcançar um acordo com os sócios industriais.
Trata-se da maior quebra no setor manufatureiro no Japão, que, junto aos Estados Unidos, foi um dos líderes de venda de DRAM nos anos 1980.
No mês passado, a fabricante havia pedido, aproximadamente, US$ 500 milhões para dez clientes dos Estados Unidos, China e Taiwan, visando recuperar espaço no mercado de semicondutores.
A Elpida, formada a partir da fusão da Hitachi e da Nec DRAM, tem três sedes no Japão e possuí mais de 3 mil colaboradores.
Elpida pede concordata com dívida de US$ 5,6 bi
A Elpida Memory, fabricante japonesa de semicondutores e DRAM, apresentou o maior pedido de concordata industrial do Japão, dos últimos dois anos, em meio à dívida de US$ 5,6 bilhões.
Depois dos preços dos semicondutores terem afundado e da empresa não ter conseguido garantir um segundo resgate por parte de Tóquio, a companhia apresentou apenas no último balanço, e será excluída da Bolsa de Tóquio em 28 de março.
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No aperto, Elpida reduz tamanho de chips
A japonesa Elpida Memory, terceira maior fabricante mundial de chips de memória para computadores, informa que reduzirá o tamanho de seus chips para cortar custos. A companhia, que enfrenta um momento difícil, devido à redução do crédito no mercado, também anuncia que poderá estancar um plano de produção de novos modelos, informa a Reuters.Gastos com semicondutores 19,5% menores
Os gastos com equipamentos semicondutores serão 19,5% menores em 2012 na comparação com 2011, prevê o instituto Gartner.
Segundo os pesquisadores, os gastos chegarão a US$ 51,7 bilhões no próximo ano. Em 2011, o total chegou a US$ 64,2 bilhões. Em 2011, espera-se uma alta de 13,7% frente ao aos gastos de 2010.
“Desastres naturais e a economia terão impacto no mercado de semicondutores”, justifica Klaus Rinnen, pesquisador do instituto.
Semicondutores crescem 2,2% em 2012
A receita mundial com semicondutores deverá chegar a US$ 309 bilhões em 2012, segundo o instituto Gartner, com avanço de 2,2% sobre o valor de 2011.
O avanço, tímido frente a alta de 4,6% em 2011 e de 35,1% em 2010, se deve às incertezas econômicas, segundo o pesquisador Bryan Lewis.
A produção do PC deverá crescer 5% em 2012, metade do previsto anteriormente pelo instituto.
Demanda de DRAM para tablets crescerá 9x
Levantamento da consultoria IHS iSuppli indica que a demanda por DRAM para tablets deverá crescer nove vezes em 2011, o que levará ao consumo de 333,7 milhões de gigabits até o final do ano.
No ano passado, foram consumidos 37,3 milhões de gigabits, segundo a iSuppli.
De acordo com a empresa, a explosão de vendas do iPad, da Apple, e a chegada de um maior número de tablets de outros fabricantes, são os responsáveis pela expansão.