Pesquisa analisa banda larga do BRIC e OCDE

Consumidores de 42 países foram entrevistados para a elaboração do estudo Qualidade de Banda Larga, elaborado pela Oxford Business School e Universidad de Oviedo. A pesquisa, patrocinada pela Cisco, envolveu os países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), além de Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC).
15 de setembro de 2008 - 11:37
Consumidores de 42 países foram entrevistados para a elaboração do estudo Qualidade de Banda Larga, elaborado pela Oxford Business School e Universidad de Oviedo. A pesquisa, patrocinada pela Cisco, envolveu os países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), além de Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC).

Dispondo de aproximadamente oito milhões de registros de testes reais de velocidade de banda larga, conduzidos por usuários do mundo inteiro no site Speedtest.net durante o mês de maio, a pesquisa calculou médias estatísticas para cada país a partir de três parâmetros de desempenho: velocidade de download, de upload e latência (medida de demora na transmissão de dados).

A pontuação de cada país foi determinada por meio de uma fórmula que pondera cada parâmetro de acordo com os requisitos de qualidade de um conjunto de aplicativos populares hoje e no futuro. Aplicativos típicos de hoje incluem navegação web, networking social, downloads de música, streaming básico de vídeo e chat por vídeo, IPTV com definição básica e escritórios domésticos corporativos.

Já os aplicativos futuros incluem telepresença envolvendo consumidores, cuidados com a saúde, educação, compartilhamento e streaming de arquivos de vídeo de alta qualidade, IPTV de alta definição, transmissões ao vivo com qualidade de cinema e automação doméstica avançada.

Desempenho dos países

Brasil
No estudo, o Brasil obteve uma pontuação baixa de qualidade de banda larga – 13 pontos. A velocidade média de download foi de 1052 kbps; a de upload, 344kbps. Quanto à latência, o estudo registrou média de 170 ms (micro-segundos).

Segundo o índice, o mercado de banda larga nacional revela uma competição com alto nível de fragmentação, isto é, muitos players fornecem o serviço. Além disso, a diversidade tecnológica da banda larga está em um nível médio, com grande concentração no ADSL (72%) e cabo (22%).

Ainda conforme o levantamento, os níveis de uso de web rápida no Brasil são os maiores entre os países emergentes, sendo comparáveis aos níveis do Reino Unido. À medida que a penetração de mercado aumentar, uma concorrência maior aprimorará a qualidade, acreditam os pesquisadores.

Japão, o campeão
O Japão obteve a melhor pontuação de Qualidade de Banda Larga entre os 42 países estudados. O país é o único que se mostrou preparado para oferecer a qualidade necessária para os aplicativos web de próxima geração dentro de três a cinco anos, conforme a pesquisa.
 
Europa
No continente, Suíça e Holanda tiveram o melhor desempenho de conexões de banda larga.

No entanto, Reino Unido, Espanha e Itália registraram desempenho abaixo da média neste quesito.
 
O índice mais baixo
O México está na menor faixa do Índice de Qualidade de Banda Larga avaliado pelo estudo. Conforme a pesquisa, os provedores de internet mexicanos oferecem velocidades que chegam apenas perto do que anunciam.